O desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial se caracterizará por enredos de apelo popular. Além de grandiosidade e beleza, o espetáculo ganha mais um ingrediente para a sua maior aproximação com o público, apresentando temas que focalizam o cotidiano da sociedade brasileira.
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A maior parte dos enredos passa pelo Rio de Janeiro – incluindo alguns biográficos, como é o caso da Mangueira (“A Verdade vos fará livre”), que se propõe a contar a vida de Jesus na “Estação Primeira de Nazaré”.
A vizinha Paraíso do Tuiuti (“O Santo e o Rei: Encantarias de Sebastião”) falará sobre D. Sebastião, rei de Portugal, que sucumbiu na luta contra os mouros e dos encantos que envolvem São Sebastião, padroeiro da Cidade e da Escola União da Ilha (“Nas encruzilhadas da Vida, entre becos, ruas e vielas; A sorte está lançada: Salve-se quem puder!”) e Unidos da Tijuca (“Onde moram os sonhos”) questionam as dificuldades enfrentadas pelas comunidades periféricas e a esperança de uma vida melhor – tema também abordado pela Portela (“Guajupiá, Terra sem males”), mostrando como era o Rio de Janeiro antes da colonização.
A São Clemente (“O Conto do Vigário”) busca resgatar o espírito carioca e irreverente que marcava os seus desfiles. A Beija-Flor (“Se essa rua fosse minha”) passeia pelos caminhos da humanidade, mas descobre que o seu destino está ligado à Sapucaí.
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Personalidades na Sapucaí
Diversas personalidades desfilarão na Avenida. O Salgueiro (“O Rei Negro no Picadeiro”) remonta às suas tradições para contar a vida do primeiro palhaço negro, Benjamin de Oliveira. A Mocidade Independente (“Elza Deusa Soares”) homenageará a sua diva. A Grande Rio (“Tata Londirá: o Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias”) lembrará de Joãozinho da Goméia, um dos babalorixás mais cultuados do Brasil.
A Viradouro (“Viradouro de Alma Lavada”) vai à Bahia para exaltar as ganhadeiras de Itapuã, lavadeiras de uma riquíssima tradição musical. A Vila Isabel (“Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um Índio chamado Brasil”) voa nas asas de uma jaçanã para contar a história de Brasília. E a Estácio de Sá (“Pedra”), pedra fundamental do Samba carioca, com ela constrói uma plataforma de sonhos e aventuras.