Morreu na noite dessa quarta-feira, 13 de julho, aos 70 anos, o cineasta argentino radicado no Brasil Hector Babenco. A informação foi confirmada pela ex-mulher dele, Raquel Arnaud, à Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, ele sofreu uma parada cardíaca por volta das 23h no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ele havia sido internado no dia anterior para um procedimento cirúrgico, de acordo com Denise Winther, produtora da HB Filmes, de Babenco, e estava bem até a noite da quarta, 13, quando teve a parada.
O cineasta teve vários filmes de sucesso, dentre eles O Beijo da Mulher-Aranha (1985), pelo qual foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor. Ele não venceu, mas a obra rendeu uma estatueta ao ator William Hurt. Sonia Braga e Raul Julia também faziam parte do elenco.
Antes disso, ele já havia feito os aclamados Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981) e Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977). Posteriormente, ainda chamaria atenção da mídia internacional com Carandiru (2003), que mostrou o cotidiano de alguns dos detentos do famoso presídio brasileiro, bem como o massacre ocorrido no local em 1992.
O mais recente longa de Babenco saiu em março deste ano. Meu Amigo Hindu, protagonizado por Willem Dafoe, mostra um homem tentando lidar com um câncer agressivo e com a perspectiva da morte. O longa foi baseado na experiência do próprio diretor com um câncer que enfrentou nos anos 1990.
Nascido em Mar Del Plata, na Argentina, Hector Babenco, que foi casado com a atriz Bárbara Paz, naturalizou-se brasileiro aos 31 anos e morava no país desde os 19.