O documentário “Cássia”, sobre a cantora Cássia Eller, será exibido no Hour Concours na Première Brasil do Festival do Rio no dia 6 de outubro. O filme terá sessões para o público no mesmo dia, às 23h, e na quarta-feira, 8 de outubro. A estreia nos cinemas está prevista para janeiro de 2015.
“Eu nunca tive essa ilusão de fazer sucesso. É claro que era a coisa que eu mais queria na vida. Era que meu trabalho chegasse para todo mundo. Para que todo mundo tivesse acesso a ele. Mas eu não queria que fosse atochado goela abaixo dos caras. Eu quero que seja uma coisa natural”. Essa e outras declarações da cantora Cássia Eller estão em “Cássia”, documentário de Paulo Henrique Fontenelle.
Depoimentos de familiares como a companheira Maria Eugênia Martins e o filho Chicão; de amigos como Deborah Dornellas; de jornalistas como Tárik de Souza; e artistas como Zélia Duncan, Nando Reis e Oswaldo Montenegro aparecem mesclados às imagens de shows, ensaios, entrevistas e cenas da intimidade da cantora.
Em um de seus depoimentos Eugênia diz: No palco eu tinha a sensação que ela recebia um santo mesmo, era uma coisa doida aquilo ali! Ela se transformava no palco, não era a mesma pessoa”. Já Cássia em uma entrevista afirma: “Eu tenho vergonha das pessoas. Eu tenho medo das pessoas, medo de gente. A música foi uma fuga da minha incapacidade de viver socialmente com as pessoas”.
Cássia Eller é uma figura icônica da música brasileira. Sua breve, porém marcante passagem pelo cenário musical nos anos 90 deixou uma marca inegável na cultura e história musical. Sob um aspecto social,sua morte, teve uma repercussão nacional que segue até hoje, por conta da guarda de seu filho, que acabou ficando, surpreendentemente, com sua parceira Eugênia. Cássia foi uma figura que deixou um impacto tanto cultural, quanto social, expondo tabus e demonstrando sua força como pessoa pública.