Após 12 anos sem interpretar o icônico ciborgue, Arnold Schwarzenegger declarou estar muito feliz e empolgado por integrar o novo projeto da franquia “O exterminador do futuro”. “Depois de 30 anos, ser convidado para fazer o quinto filme, foi uma grande honra. Eu me diverti muito, e com os efeitos especiais de agora, você consegue contar uma história de forma muito mais interessante”, referiu-se ao primeiro filme, lançado em 1984, durante a coletiva de imprensa nessa segunda-feira, 1º de junho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Sobre estar novamente como T-800, o ator é incisivo. “Entrar no personagem é como andar de bicicleta ou de esqui: você sobe nela e anda. Dá-se o clique (da câmera) e eu faço”. De acordo com Arnold, o ciborgue precisa lidar não só com o fato de salvar o mundo, mas, também, com sentimentos humanos, ainda mais em sua relação com Sarah Connor, personagem vivida no longa por Emilia Clarke. “É algo poderoso. Eu não esperava que o lado emotivo do filme fosse forte. Os outros filmes foram 60% para mais para homens e esse é 50% para homens e 50% para mulheres, porque há outros elementos além da ação”.
Emilia, a intérprete de Darnerys na série de TV “Game of thrones”, recebeu vários elogios do colega de filmagens. “Acho que eles se saíram muito bem a escolhendo para o papel. Os homens babam litros por ela. É ótimo ter uma moça de quem os homens gostam tanto. Eu fiquei observando durante esse tempo e vi a mudança dela, a transformação do corpo, a habilidade dela se transformando. Eu desenvolvi o maior respeito por ela”, animou-se.
Como ser um ciborgue e ter 67 anos?
Arnold comentou que as gravações de “O exterminador do futuro: Gênesis” duraram de quatro a cinco meses e a grande dificuldade estava em dar veracidade às ações de T-800, já que se trata de um androide. “Quando se dá um tiro, não se pode piscar. É preciso fazer milhares de vezes. Uma máquina não ficaria com medo para fazer isso”, explicou.
Como o filme em questão se passa em 1984, o ator precisou engordar cinco quilos, assim T-800 teria o mesmo corpo de antes. Arnold contou treinar muito para manter o condicionamento físico (duas vezes por dia), mas ciente de sua idade. “A ideia do Exterminador não se alterou por causa da idade. A capacidade funcional é a mesma. O que envelhece é o tecido humano. Eu e minha aparência envelhecemos. Se houver uma lesão, o corpo não se recupera como o de um jovem”, explicou. Treinos com armas e lutas também fizeram parte da preparação.
Uma visível diferença tecnológica pode ser notada entre os longa-metragens de 1984 e 2015. Naquela época, não havia sets de filmagens digitais como os de hoje. Tudo era gravado e não inserido virtualmente. O artista afirmou que “tem de ser bom de fantasia e imaginar” ao gravar em chroma key, ainda mais quando contracena com os outros atores. Para Arnold, que é ator e diretor, além de ex-fisiculturista e político, não deve ser complicado ter inspiração para dar vida, mais uma vez, a T-800, nos tempos modernos. “O exterminador do futuro: Gênesis” estreia 2 de julho no Brasil.