Em 2012, o ex-diretor das revistas Trip e TPM, Fred Melo Paiva, resolveu mudar. Ele passou a assumir, no mesmo ano, a série “O Infiltrado”, produzida pela History Channel. O projeto tem como proposta colocar o jornalista diante de universos distintos, em que ele precisa se infiltrar para fazer seus relatos e reportagens. Neste ano, em sua segunda temporada, o trabalho foi indicado ao 42° Emmy Internacional, considerado o Oscar da TV.
A produção concorre na Categoria “Non-Scripted Entertainment” junto com os trabalhos ‘Educating Yorkshire’ (Reino Unido), ‘Master Chef China’ (China) e ‘Missie Mosango’ (Bélgica). ‘O Infiltrado’ é o único representante de um canal por assinatura brasileiro no prêmio.
Outras quatro produções representam o país no Emmy, todas da Globo. São elas: ‘Joia Rara’, novela das seis de Telma Guedes e Duca Rachid, que disputa o prêmio por “Melhor Novela”; ‘A Mulher do Prefeito’, seriado protagonizado por Tony Ramos e Denise Fraga, que concorre na categoria “Comédia”; ‘Alexandre e Outros Heróis’, especial de fim de ano do diretor Luiz Fernando Carvalho, finalista na categoria “Telefilme/Minissérie”.
O resultado da edição de 2014 do Emmy será revelado em 24 de novembro, em cerimônia que será realizada em Nova York, nos Estados Unidos.
‘O Infiltrado’: Segunda temporada
A segunda temporada de ‘O Infiltrado’ tem, neste ano, 11 episódios. O programa exibe experiências diversas a seu apresentador, o jornalista Fred Melo Paiva, que vão desde atacar de funkeiro a atuar como ator pornô. A proposta de cada capítulo é sempre apresentar três características: ação, conflito e humor.
Para o episódio sobre funk, Paiva teve aulas de ballet com Fernanda Abreu e dicas de Mr. Catra. Serão desafios para o jornalista, ainda, criar vídeo capaz de virar “hit” da internet, aprender como dar início a uma seita religiosa no Planalto Central, encarnar um detetive de verdade, trabalhar como Papai Noel durante o período natalino e encarar o consumismo de frente.
Diferentemente da primeira temporada, as gravações, que demoraram cinco meses para serem concluídas, passaram por quatro capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. De acordo com a diretora de conteúdo original do History no Brasil, Krishna Mahon, as situações são reais. “O Fred não é um ator, o que estabelece uma grande cumplicidade com o público, que percebe que as situações são reais. Ele assume uma missão e vai até o fim. Para isso, veste a camisa – ou despe -, como no episódio No Mundo dos Atores Pornôs, e em Carioca fica o tempo todo de sunga”.