A música “Back to Black“, de Amy Winehouse, alcançou a marca de 1 bilhão de streams no Spotify. O sucesso se deu quase 13 anos após a morte da cantora. O lançamento do filme homônimo impulsionou o interesse pela canção. Marly Klien, psicanalista, explica a profundidade das composições de Winehouse em seu livro “Amy Winehouse: A Dor de Existir”.
Segundo Klien, a mente da cantora pode ser entendida através das teorias de Freud e Lacan. “Back to Black” descreve o término do relacionamento com Blake Fielder-Civil, retratando o vazio sentido por Winehouse. A letra revela a melancolia da cantora.
Marly Klien compara a melancolia de Amy com a descrita por Freud. A dificuldade de conexão com outras pessoas surgia na infância. Essa melancolia é um luto por uma ausência interna. Winehouse buscava espelhar-se nos outros, como mostra a tatuagem com o nome de Blake após um mês de relacionamento.
Problemas com drogas foram compartilhados com Fielder-Civil, e esse comportamento estava presente também em seu primeiro namoro. Na música “Stronger Than Me”, do álbum “Frank”, Winehouse expressa frustração com seu então namorado, Chris Taylor.
A relação conturbada com Fielder-Civil, marcada por idas e vindas, é descrita em “Back to Black”. A música define o término como um retorno à escuridão. A vida de Amy revela uma busca desesperada por amor, afetada pela melancolia.
O livro de Klien, publicado pelo selo Folio Digital, explora a complexidade psicanalítica da cantora. Com ilustrações de Soraya Boechat, a obra está disponível nas principais livrarias digitais.