O primeiro final de semana da 17ª Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, começou frio e cinzento, assim como de costume em Londres, onde mora David Nicholls, autor do best-seller “Um Dia”, adaptado para o cinema. O escritor chegou a brincar com o público presente que não imaginava encontrar a cidade com aquele visual. “O Rio é incrível, mas não sabia que chovia por aqui. Parece Londres, só que com praias”.
Durante um bate-papo bem humorado, o autor confessou estar surpreso com a quantidade de jovens leitores brasileiros. “Na Inglaterra, meus leitores são mais velhos. Eles têm entre 30 e 40 anos. Fiquei surpreso em saber que os jovens brasileiros leem e gostam do que escrevo. Principalmente em um momento em que lutamos para convencer os jovens que livros são tão interessantes quanto os meios eletrônicos”, relatou.
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Sobre a literatura brasileira, Nicholls afirmou um pouco sem jeito conhecer apenas um livro, escrito por Clarice Lispector, mas não chegou a revelar o nome da obra. “É uma escritora muito difícil. Vocês não acham difícil? Escolhi ler Clarice porque a reputação dela está crescendo muito na Europa e nos Estados Unidos”, comentou.
No Brasil para divulgar o lançamento de seu novo romance chamado 17ª Bienal Internacional do Livro pela Editora Intrínseca, David Nicholls revelou aos fãs que há um desejo que a obra seja adaptada para uma série de TV. “Eu fui jovem há muito tempo e agora sou pai. Neste livro quis falar sobre o que acontece depois que as pessoas se apaixonam e decidem ficar juntas. Mas ainda é uma historia de amor. Escrevi sobre aquilo que acontece depois da cerimônia de casamento. “Nós” é uma espécie de sequência emocional do “Um dia”, contou o escritor que já vendeu mais de 5 milhões de exemplares no mundo, 450 mil só no Brasil.