Jeff Kinney coloca Greg para viver sem tecnologia em novo livro

A tecnologia se faz presente cada vez mais cedo na vida de crianças e jovens. E se todo mundo resolvesse largar as inovações e retornassem a agir como nos velhos tempos? Esta é a reflexão que o escritor Jeff Kinney quer propor em “Diário de um Banana: Bons Tempos” (no original “Diary of a Wimpy Kid: Old School”), 10º livro da série de sucesso, lançado simultaneamente em todo o mundo no dia 3 de novembro, no Brasil pela V&R Editoras.

Gregory Jack Heffley, o menino protagonista, começa um novo ano escolar e se vê em uma situação um tanto quanto agoniante para a chamada Geração Z: os habitantes de sua cidade decidiram dar um tempo de usar aparelhos eletrônicos, voltando a viver à moda antiga. Greg, como é mais conhecido, não curte muito esta mudança em sua rotina. Além disso, o jovem passa a conviver com seu avô, que vai morar com a família, o que traz à tona grandes descobertas sobre o passado de seus pais.

Com linguagem atual, as 224 páginas de “Diário de um Banana: Bons Tempos” falam sobre de que forma a tecnologia influencia a vida de todos e como as coisas no passado não são tão boas assim. Criado a partir de uma experiência pessoal de Jeff Kinney, o livro entra para lista da série que é um fenômeno, com mais de cinco milhões de exemplares em todo mundo e cerca de 500 mil só no Brasil.

O autor visitou recentemente o país para participar da 17ª Bienal Internacional do Livro, onde deu uma palestra, contando todo o grande processo para a redação e produção de suas obras. Agora, Jeff contou ao Almanaque da Cultura um pouco mais de seu novo livro e até de trazer Greg para um passeio por aqui. 

Almanaque da Cultura: Como você teve a ideia de escrever este novo livro?
Jeff Kinney: Eu fiz uma viagem de uma semana com meu filho mais velho e passamos nossas noites em cabanas. Eu imaginei que seria divertido explorar o aspecto de como a vida seria se a tecnologia nos fosse arrancada.

Almanaque da Cultura: Qual a sua relação com a tecnologia, tema de seu novo livro?
Jeff Kinney: Há muita tecnologia em minha vida. Eu devo checar meu celular 200 vezes por dia. Eu acho que muita gente é igual a mim. É muita coisa! Mas eu não vejo a gente retroceder. Isso vai aumentar cada vez mais.

Almanaque da Cultura: Depois do décimo livro, como é continuar escrevendo a série “Diário de Um Banana”?
Jeff Kinney: Sempre foi difícil escrever esses livros, e espero que continue sendo difícil daqui para frente. É difícil escrever uma boa piada e eu preciso de mais ou menos 350 por livro!

Almanaque da Cultura: Você pensa em enviar Greg para uma história em terras brasileiras, já que seus livros venderam 500 mil cópias no nosso país?
Jeff Kinney: Essa é uma excelente pergunta! Eu não tenho certeza de que a família de Greg pode se dar ao luxo de viajar para o Brasil, embora eles mal podem se dar ao luxo de ir à praia.

Almanaque da Cultura: Você já tem alguma ideia para o décimo primeiro livro? Pode nos adiantar algo?
Jeff Kinney: Não tenho, mas queria ter! Esperançosamente terei algo em breve, porque preciso começar a escrever em janeiro!

Livro “Diário de um Banana – Bons Tempos”

Autor: Jeff Kinney
Tradutor: Alexandre Boide
Formato: 14 X 21 cm
Número de páginas: 224
Preço para venda: R$36,90