'Toda Vez Que Eu Me Apaixono' narra amores e recomeços juvenis
'Toda Vez Que Eu Me Apaixono' narra amores e recomeços juvenis (Fotos: Divulgação e Vânia Steven)

A escritora Lari Volf lançou recentemente o livro “Toda Vez Que Eu Me Apaixono“, uma obra de ficção voltada ao público juvenil que discute relações afetivas, recomeços e os efeitos de crenças pessoais nas escolhas amorosas. O livro traz como protagonista Ágata Mendonça, uma jovem que acredita estar presa a uma maldição familiar: toda mulher de sua linhagem se apaixona no dia 1º de agosto, e seis meses depois, a relação chega ao fim.

A história se desenrola a partir da aparente quebra desse ciclo quando Ágata conhece Noah, um rapaz que permanece ao seu lado, desafiando o padrão familiar que ela teme. A obra é composta por 35 capítulos e utiliza a primeira pessoa como recurso narrativo, permitindo ao leitor acompanhar os sentimentos e reflexões da personagem de forma direta, incluindo diálogos e mensagens trocadas.

A trama e seus principais personagens

Ágata é retratada como uma jovem sonhadora, mas insegura diante do amor. Ao conhecer Noah, ela entra em conflito com seus sentimentos. A permanência dele em sua vida quebra um padrão ao qual Ágata estava acostumada. Movida pelo receio de ser abandonada, ela evita assumir seus sentimentos.

Durante um momento de introspecção, Ágata visita o Lost Pub, um bar onde conhece Nelson, um ex-psicólogo que trabalha como barman. O personagem desempenha papel de conselheiro, incentivando-a a seguir o próprio coração.

Quando Ágata está prestes a se declarar para Noah, um antigo amor ressurge inesperadamente. Esse retorno provoca abalos em sua confiança e em sua decisão de seguir adiante, reativando emoções que estavam reprimidas. A situação torna a trajetória de Ágata mais complexa, levando a leitora e o leitor a acompanharem suas escolhas em meio a inseguranças, desejos e memórias.

Temas centrais da obra

O livro propõe uma discussão sobre a efemeridade das relações e o impacto das experiências anteriores nos novos vínculos afetivos. O trecho da obra que diz “O que importa não é o tempo que dura, mas o quanto se ama” apresenta a ideia de que o amor não deve ser medido pela sua duração, mas pela intensidade com que é vivido.

Além da questão da maldição familiar, outros temas se destacam na narrativa: medo do abandono, recomeços, relações não-monogâmicas, liberdade de escolha diante de um possível “destino”, e o impacto das pressões sociais e familiares sobre decisões pessoais.

A autora insere elementos de humor e emoção para tratar dessas questões, utilizando referências contemporâneas como a poesia de Rupi Kaur e as obras de John Green. O tom da narrativa se mantém acessível e direto, em sintonia com o público jovem ao qual se destina.

Estrutura narrativa e linguagem

Escrito em primeira pessoa, o livro adota uma linguagem simples e direta. Os capítulos são curtos, com subdivisões, o que facilita a leitura dinâmica. A inclusão de mensagens e diálogos digitais contribui para aproximar o público da realidade dos personagens.

A obra opta por tratar dos sentimentos humanos sem recorrer ao ideal de “final feliz”. A autora apresenta os relacionamentos como vivências, cada uma com sua importância e impacto, mesmo que não perdurem. “Eles podem ficar adormecidos dentro do seu coraçãozinho, mas quando é amor de verdade, o tempo e a distância são meros detalhes”, diz um trecho da obra.

Sobre a autora Lari Volf

Larissa Volf Jacente é formada em Pedagogia, Geografia e Marketing. Atua como agente territorial de cultura pelo Ministério da Cultura no Paraná, onde também representa o setor literário no Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC). Ela integra a Associação Educacional, Cultural e Artística de Pitanga (AECAPI).

Além da atuação institucional, a autora realiza palestras em eventos literários e promove o Curso de Escrita Criativa. Também organiza o concurso literário “Poesia-me”, voltado para autores que desejam explorar a linguagem poética como ferramenta de expressão pessoal.

Prefiro Viver Com a Dúvida (2023) é outra obra da escritora. Nesse título, ela explora um romance contado em versos poéticos, centrado em uma jovem que se apaixona pelo amigo e busca sinais de reciprocidade. A temática também lida com sentimentos intensos, mas sob uma estrutura narrativa diferente.

Lançamento e distribuição

“Toda Vez Que Eu Me Apaixono” foi lançado em 2024 e está disponível para compra nas plataformas Amazon e Clube de Autores. O livro possui 370 páginas e está sendo vendido por R$ 66,76. A edição traz o subtítulo “Vivo perigosamente dentro da minha zona de conforto”, uma frase que dialoga com a situação emocional de Ágata ao longo da narrativa.

A capa do livro e o título visam atrair o público jovem interessado em histórias de autoconhecimento e crescimento pessoal por meio das experiências amorosas. A autora mantém uma presença ativa nas redes sociais, principalmente no Instagram, onde compartilha trechos dos livros e promove interações com leitores.

Repercussão e proposta do livro

A proposta de Toda Vez Que Eu Me Apaixono é apresentar uma história que, embora fictícia, ressoe com vivências comuns a muitos leitores. Ao tratar da incerteza emocional, das expectativas depositadas nos relacionamentos e da forma como crenças moldam decisões, a autora oferece um espaço para reflexão sobre as próprias experiências afetivas.

A mensagem central da obra é que recomeçar faz parte da experiência humana e que o amor, ainda que temporário, pode deixar marcas importantes. A autora propõe uma visão de amor como aprendizado contínuo, que vai além do desejo de permanência ou da idealização romântica.

O enredo também convida o público a considerar o impacto de fatores externos, como a família e a sociedade, nas decisões que envolvem sentimentos. A personagem principal questiona suas próprias crenças, testando os limites do que entende por destino e liberdade individual.