A carreira de um artista renomado do show business é cheia de altos e baixos. Algumas vezes, eles acertam e tem grande sucesso, seja com músicas, show e ações de marketing. Já em outras ocasiões, as coisas não saem como planejado e podem frustrar fãs, imprensa, todo mundo. Há uma expectativa e ela, por diversos fatores, muita vezes, não é alcançada. Um destes artistas, que passou por esse processo todo, se chama Stefani Joanne Angelina Germanotta, mais conhecida pelo nome artístico Lady Gaga.
Os seguidores da cantora, os não-seguidores, a crítica especializada, enfim, boa parte do público que acompanha a música, apostaram suas fichas em determinados momentos dos sete anos carreira de Gaga. Porém, ela, a gravadora, o empresário, sabe-se lá quem tinha outros planos, que não eram o que o pessoal citado antes pensava. Em resumo: todo mundo esperava algo e Gaga não fez. Lembrando que a cantora tem grandes êxitos em sua trajetória. O Almanaque da Cultura separou quatro escolhas na carreira da cantora que poderiam ter sido repensadas.
1. Os singles não aproveitados de Lady Gaga
Os álbuns de Gaga são muito bem produzidos, musicalmente falando, com várias músicas que poderiam ser lançadas comercialmente, os chamados “singles”, como as grandes gravadoras gostam de chamar. Cada um dos CDs que ela pôs no mercado, como “The Fame” (2008), “The Fame Monster” (2009), “Born This Way” (2011) e “ArtPop” (2013), tinham canções com potencial de hino/hit/música para ficar marcada no mundo pop. Tais como “Dance in the Dark“, “Venus“, “Monster“, “Aura“, “Scheibe“, “Gipsy“, Swine“. Muitas dessas músicas tiveram até lyric videos lançados, mas não se tornaram singles. Inclusive, toda vez que saía um novo projeto de Gaga, o público já analisava as músicas que poderiam ser lançadas e não seriam.
Abaixo, um clipe feita por fãs para a música “Dance In the Dark”. Os menos avisados (como eu) podem achar que se trata da versão oficial:
2. A falta de registro em DVD da “Born This Way Ball Tour”
Gaga caiu na estrada com sua terceira turnê em 27 de abril de 2012. Um show com uma mega produção. Um palco que remetia a um grande castelo, com diversas divisões no palco. 98 shows, três deles no Brasil. 25 músicas que passeavam por seus álbuns. Infelizmente, no dia 11 de fevereiro de 2013, a turnê foi cancelada e 22 shows desmarcados, devido a complicações da saúde da cantora, por causa de uma lesão no lado direito de seu quadril. Uma das turnês mais criativas da história do mundo pop acabou não sendo registrada. O show no Madison Square Garden, em Nova York, seria o escolhido para o DVD. Mas não rolou e acabou que nem ninguém viu a versão oficial do show.
3. Continuação do clipe de “Telephone”
Música pertencente ao álbum “The Fame Monster”, chegou a ser gravada em parceria com Britney Spears, mas a versão oficial conta com a participação de Beyoncé, sendo lançada em 26 de janeiro de 2010. O clipe tem 9min31seg, quase 239 milhões de visualizações no Youtube, e conta uma história muito divertida sobre duas assassinas, com beijos lésbicos, mortes e um “to be continued” (ainda mais por causa do enredo do vídeo e seu final). A continuação é esperada há 5 anos e nada. Gaga, atende esse telefone de novo. Obs: Beyoncé também chamou a cantora para participar de uma música/vídeo seu.
4. Lançamento do clipe de “Do What You Want” e o CD “ArtPop” em si
Lançado em 6 de novembro de 2013, cheio de expectativas e anunciado por Gaga como um projeto que reuniria aplicativos, filosofias, entre outras coisas, “ArtPop” não fez tanto sucesso como os álbuns anteriores. A pressão por parte de todos para que o disco estourasse causou sérias dores de cabeça a ela. Brigas com a gravadora sobre músicas que virariam single, demissão do empresário com quem Gaga trabalhava há anos. Vários fatores afetaram a promoção do álbum. Até um grande show, chamado “ArtRave”, foi produzido. Mas o show business, com toda sua efervescência, não comprou a ideia do disco como se esperava. “Do What You Want”, canção que integra o “ArtPop” começou a chamar a atenção do fãs e crescer nas paradas, sem ao menos te sido cogitada como single, uma vez que a escolha seria “Venus”. Rapidamente, um clipe foi gravado, porém polêmicas sobre abuso sexual com o diretor Terry Richardson e com o rapper R. Kelly (que faz uma participação na música) fizeram com que o clipe não fosse lançado. Resultado: “Do What You Want” ficou sem clipe e “Venus” não foi divulgado. Apenas um teaser dele foi liberado.