A veterana Cássia Kis Magro estreou na segunda-feira, 31 de agosto, sua nova personagem em “A Regra do Jogo“, nova novela das 21h da TV Globo: a misteriosa Djanira. No folhetim de Amora Mautner e João Emanuel Carneiro, a atriz relatou ao Almanaque da Cultura que se inspirou no Nelson Mandela para compor sua personagem.

Almanaque da Cultura: Como você definiria a nova novela, “A Regra do Jogo”?
Cássia Kis: É uma novela que conta a vida. E a vida é o tempo todo, a cada minuto, do bem e do mal. Acho que resta a nós fazer essas escolhas o tempo todo. A gente agora pode ter uma conversa bacana e amanhã a conversa pode ser terrível e você vai falar: “quem é essa pessoa?”. Estamos entre o bem e o mal o tempo todo.

Almanaque da Cultura: A sua personagem está onde? No bem ou no mal?
Cássia Kis: Eu estou trabalhando para colocar a minha personagem no caminho do meio. Não quero colocar como uma pessoa do bem, mas quero que ela consiga caminhar para frente. Caminhar para frente significa fazer escolhas que façam a você.

Almanaque da Cultura: Qual é a escolha dela?
Cássia Kis: Olha, eu estou falando da minha personagem. Não estou falando de mim não. É uma escolha de caminha para a frente.

Almanaque da Cultura: Ela é uma mulher misteriosa. Você pode desvendar algo?
Cássia Kis: Não! Não posso desvendar nada (risos).

Cassia Kis é Djanira em “A Regra do Jogo” (Foto: TV Globo/João Cotta)

Almanaque da Cultura: O que mais tem lhe encantado na Djanira?
Cássia Kis: O que realmente me encanta é que você tem uma boa história para contar. Isso que é muito interessante. Estou falando como atriz. A história contribui com você. Fico muito feliz quando leio e entendo tudo que o autor disse. Estou adorando fazer parte desse projeto. Aqui é um grupo, e a história é muito boa.

Almanaque da Cultura: O que você pode aprender com a sua personagem?
Cássia Kis: Posso dizer qual foi o meu instrumento de trabalho? Sempre fico procurando um elemento para me profundar. Fui estudar o Nelson Mandela. Peguei a melhor biografia e assisti aos filmes que foram feitos sobre ele. Não vou virar o Mandela, mas o que me serve daquele universo. Peguei algo desse laboratório para contar essa história. É disso que precisava, essa foi a escolha que eu fiz. Por quê eu fiz? Porque eu vi na Djanira uma grande mulher. É muita arrogância minha contar com que eu tenho para poder contar a história de uma grande mulher. Por isso fui atrás de um grande homem. O homem que eu realmente admiro é o Nelson Mandela. Ele é um homem comum. Existem os mestres, mas não estou falando deles e sim de homem que, cuja trajetória, é muito difícil e decidiu encontrar um caminho para responder. Ele poderia ter se tornado um homem revoltado, mas não, virou um grande homem.

Almanque da Cultura: Então ela é uma heroína?
Cássia Kis: Não é isso. Nós temos apenas 20 capítulos. Eu tenho a enxergar como uma grande mulher. Eu falei que precisava de um material que tinha uma grande pessoa. Foi ai que pensei no Mandela. Fui atrás de uma história rela. Que é fato. E, não ficção. É sempre bom a gente ter uma referencia como essa.

Almanaque da Cultura: Você está comparado Mandela a Djanira?
Cássia Kis: Não estou comparado. Estou usando Mandela como instrumento. Um cara que eu escolhi para estudar.

Almanaque da Cultura: Como é ser mãe do Cauã pela segunda vez?
Cássia Kis: Puxa, eu queria que o Cauã fosse o meu filho de verdade. Não só ele, a Vanessa também. Eu escolhi para amar a Vanessa e o Cauã. Viraram meus filhos, estou amando os dois imensamente! Está sendo um grude nós três.