Humberto Martins dará vida ao empresário Germano em “Totalmente Demais“, nova novela das sete da TV Globo. Em conversa com o Almanaque da Cultura, o artista revelou detalhes do envolvimento de seu personagem com Carolina, personagem vivida por Juliana Paes, e contou como foi a experiência de transformar um ex-morador de rua em um grande atleta e campeão de skate.
Almanaque da Cultura: Na cena do clipe, seu personagem aparece traindo a esposa com a personagem da Juliana Paes. Conte um pouco do Germano?
Humberto Martins: Após a morte da filha, ele fica meio à deriva no relacionando. Ele se sente carente. A esposa o trata de maneira imperativa. Ela o deixa um pouco à deriva mesmo. Têm motivações que os seres humanos fariam se tivessem vivendo essa vida. Eles têm anseios, sentimentos, tem vontades. Ele é um homem viril. E a Carolina (Juliana Paes) joga para conquistá-lo. Ela é uma jogadora.
Almanaque da Cultura: Existe um interesse entre os dois?
Humberto Martins: A Carolina joga com uma forma de interesse sim. Talvez rolasse entre os dois um romance. Pois não tem só o interesse ali. Ela é uma mulher aberta. Não tem um relacionamento fixo. Ela tem um romance descompromissado com o personagem do Arthur (Fábio Assunção) e só. E, ela joga com as pessoas.
Almanaque da Cultura: Qual a relação dele com a Carolina?
Humberto Martins: Germano quer brincar com ela. Ele quer apenas forçá-la a ceder. Ela passou do limite, que já deveria ter rolado há muito tempo. Tem sim um jogo de interesse entre os dois. Mas ele é macaco velho e fará ela ceder. Essa brincadeira entre os dois irá continuar no decorrer da trama. Esse jogo. Isso já vem rolando de um passado cênico que já mostra esse envolvimento entre os dois.
Almanaque da Cultura: No seu dia a dia, você sente quando alguém se aproxima de você por interesse? Mais ou menos o que acontece com a Carolina e o Germano?
Humberto Martins: Claramente! A experiência, a vivência, faz você perceber. Às vezes você pensa que a pessoa é gente boa e se engana. Mas a gente sempre sente quando é uma coisa exagerada. Não lhe conhece tanto assim para isso tudo. Eu acho que isso acontece com todo mundo. Até com vocês! Isso aí é com todos nós.
Almanaque da Cultura: Você transformou um menino de rua em um grande skatista. E, como foi esse encontro entre você e o Jeffinho Rodrigues? Ele diz que você foi o grande incentivador dele.
Humberto Martins: Jeffinho é um amor. Ele nunca teve interesse. Nem me passou nada pela cabeça. Não é o caso dele. Eu estava em meu cotidiano. Quando estou fora da tevê, não sou ninguém da novela. Não sou Humberto Martins. Quando vi o Jeffinho pela primeira vez, eu estava indo surfar na Prainha, no Recreio, lugar que eu considero que tem as melhores ondas. E passava pela pista de skate, que naturalmente eu olhava os meninos andando. E, um dia eu olhei um menino de um calção, descalço, com cabelo sujo, que dormiu ao relento, que ficou com aquelas poeirinhas no rosto, e, fiquei olhando o menino andar, muito talento para nove anos de idade. Descalço, em um skate muito ruim. E parei e via os outros. Uma certa tristeza em seu olhar. Alguma coisa ali estava acontecendo. Senti ali, que ele precisava de tudo. Talvez um lugar para dormir, de coisas para comer, de bons tratos e que ele poderia ser um grande skatista e campeão. E ele se tornou. E da vida. Isso foi com muita conversa. Nem percebi se ele me conhecia ou não. Ali foi o ser humano Humberto olhando alguém que precisava de ajuda. E vendo um potencial enorme nele. Eu tive uma inspiração divina. Fui tocado de o acolher e ter tornado ele um atleta. E aí foi uma jornada. Ensinei ele a surfar, ele tinha medo do mar. Fiz tudo o que eu poderia fazer por ele. Médicos, dentistas, etc. Ele foi um amor. A gente se fala sempre.
Almanaque da Cultura: O personagem é um vilão?
Humberto Martins: Ele não usa o poder como vilania. E sim, para tocar a empresa da família. Não tem vilão e nem mocinho. Todos têm as suas vilanias e as suas atitudes boas.
Almanaque da Cultura: Atualmente está no ar a reprise da novela “Caminho das Índias”. De lá para cá, qual foi a trama que você mais gostou de fazer?
Humberto Martins: Essa pergunta é bem difícil! Eu gosto de cada novela que eu participei. E, de cada personagem que interpretei. Cada um tem uma nuance completamente diferente do outro.
Almanaque da Cultura: E esse reencontro com a Vivianne Pasmanter?
Humberto Martins: Eu amo trabalhar com a Vivianne! A Vivianne é uma grande amiga, uma grande parceira de trabalho, uma grande cúmplice de tudo quando a gente está no set de gravação. A gente sempre conversa sobre os personagens. E avaliamos sempre juntos. É uma troca muito boa. Ela me ajuda muito. Sou fã da Vivianne.
Almanaque da Cultura: Você deixou o windsurf de lado?
Humberto Martins: Sim! Porque surgiu o Kitesurf (risos). E, meu material ficou velhinho pendurado no teto da garagem de casa. Acho o Kitsesurf muito mais fácil. Mas eu preferi trocar por uma coisa mais simples que é o surf. Eu gosto de malhar com esses esportes. Acho mais prazeroso do que uma academia. Eu surfo durante três horas.