Mauricio de Sousa, que completa 80 anos em outubro, ganhou uma merecida homenagem na 17ª Bienal Internacional do Livro, que termina neste domingo, dia 13 de setembro, no Riocentro, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Em conversa com o Almanaque da Cultura, o autor diz que faz questão de ir pessoalmente todos os dias aos estúdios para acompanhar os gibis publicados pela Editora Panini e é enfático quando a pergunta é sobre aposentadoria.
“Me aposentar não está nos meus planos, penso sempre nos meus próximos projetos, não em parar de produzir. Estamos trabalhando para que tudo continue artisticamente da mesma maneira quando eu partir. Para isso estamos preparando bons artistas para que não falte criatividade no futuro”, revela o “pai” da Mônica.
Painel mostra a evolução dos quadrinhos de Maurício de Sousa (Foto: Úrsula Neves/Hipermídia Comunicação)Para homenagear Mauricio de Sousa, a Bienal do Livro montou um espaço de 190 m² para apresentar ao público verdadeiras preciosidades como as réplicas dos primeiros exemplares das revistas em quadrinhos produzidas pelo criador da Turma da Mônica.
A evolução dos principais personagens também pode ser acompanhada pelo público através de um painel com desenhos que mostram as mudanças ocorridas nos traços ao longo dos anos. Há também um cantinho de leitura com os últimos lançamentos da Mauricio de Sousa Produções, incluindo a esperada versão de “O Pequeno Príncipe”.
Primeiras tiras publicadas por Maurício de Sousa (Foto: Úrsula Neves/Hipermídia Comunicação)Uma coletânea com as tiras de estreia de Maurício, publicadas originalmente nas revistas “Bidu” e “Zaz Traz”, em 1960, e uma compilação dos três primeiros livros ilustrados assinados por ele, em 1965, também estão expostas.
O cartunista também recebeu no primeiro dia da Bienal o prêmio José Olympio do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, entregue a cada dois anos a pessoas e entidades empenhadas na promoção da leitura, ganha ainda uma exposição especial na Bienal.