‘Solteiro Sofre Demais’: Escritor solteirão vende livros pelo Tinder

Cheio de humor e ironia, o novo livro do mineiro Bruno Godoi narra um romance feito para homens barbados (ou não!) e vai gerar polêmica também no universo feminino

Ex-bombeiro e solteirão convicto, Bruno Godoi deixou a corporação para se tornar escritor. Conhecido entre os leitores de ficção e fantasia, o mineiro, que já publicou outros dois livros, cria tendência no mercado literário ao lançar o primeiro barba lit do mundo: “Solteiro Sofre Demais”, publicado pela editora Empíreo.

Derivado de lumber lit (lumbersexual + lit – sexual), a obra aborda a rotina de um homem moderno e foi escrito na Base 10, estilo criado pelo autor em que os leitores leem cada capítulo em menos de sete minutos. Campeão de matches no Tinder, ele não poupa meios de divulgação do livro. Para ele cada like é mais do que uma oportunidade de flerte, é também um meio caminho andado para conquistar leitores (as) para o livro.

Em “Solteiro Sofre Demais: o primeiro barba-lit nerd da galáxia”, o autor conta a história do professor de Literatura Larry James Lurex de forma tão descontraída, que o leitor tem a sensação de estar numa conversa entre amigos em um bar. Larry é mais um homem que perde o saldo positivo na conta bancária, mas não perde uma noite agitada no Rio de Janeiro. Por isso vive zerado e tendo que se virar para pagar o aluguel da república onde mora com mais dois amigos.

Dessa forma, o livro foi escrito pensando em pessoas que, assim como Larry, vive conectado no WhatsApp para saber qual é a boa da noite. E por “boa”, você pode interpretar como balada ou mulheres. O comportamento de Larry é culpa de uma síndrome: a ESCS (Ereção Só Com Safadas). Mas parece que a cura pode surgir no relacionamento com uma jovem muito religiosa Sasha O amor ou o sexo? O que Larry vai escolher?

O texto rápido e envolvente de Godói tem uma fórmula certeira: exige no máximo sete minutos para a leitura de cada um dos 77 capítulos, que são compostos por dez parágrafos cada. Os parágrafos, por sua vez, têm cem palavras. Assim fica fácil devorar o livro que tem, ao todo, 770 parágrafos, como o autor faz questão de explicar. “Pode contar”.