Fafá de Belém mostra nova sonoridade em 'Do Tamanho Certo Para o meu Sorriso'

O disco traz 10 músicas inéditas com direção do DJ Zé Pedro

O sorriso mais famoso da música popular estava muito feliz na noite de terça-feira, 18 de agosto. Fafá de Belém recebeu no deck do restaurante Prado, no Jockey Club do Rio, amigos e jornalistas para audição do seu mais novo álbum, “Do Tamanho Certo para o Meu Sorriso”. Muito animada, a cantora mostrou poder da música de sua terra.

Depois de 10 anos sem entrar em estúdio, Fafá traz seu novo álbum com 10 músicas inéditas com direção do DJ Zé Pedro e da produtora Joia Moderna. Com concepção de capa de Paulo Borges, produção musical e arranjos, Manoel e Felipe Cordeiro, dois paraenses, pai e filho, respectivamente, o material mostra uma nova forma de ver a cantora.

“Fizemos o disco em quatro dias, gravado na minha casa. Falar de Belém é muito difícil, porque somos um povo das águas, inquietos, somos caudalosos. Há 40 anos, era muito difícil isso. Agradeço às pessoas que me abraçaram quando me joguei deste trampolim, como tudo que faço na vida”, relata a artista em um momento de atenção no local.

Fafá apresenta em grande parte trabalhos de autores de sua terra, como consolidando o seu retorno às origens neste momento tão representativo em seus 40 anos de carreira. Em “Pedra sem Valor”, canta a cantora e compositora Dona Onete. Na canção “Asfalto Amarelo”, uma parceria de Felipe Cordeiro, Manoel Cordeiro com Zeca Baleiro. E em “Meu coração é brega”, uma inédita de Veloso Dias, que também escreveu “Ex mai love”, sucesso na voz de Gaby Amarantos.

Um trabalho de sangue quente

A cantora comentou também, durante o evento, que “nunca, em 40 anos (de carreira) e tantos discos, o Pará esteve tão presente na sonoridade, no olhar, no jeito, no cheiro, no suingue, na leveza, na vontade de dançar. Esse disco é feminino, dá vontade de beijar na boca e sair dançando, de passar um batom vermelho”, anima-se a artista.

O nome do projeto vem da letra da música “O Gosto da Vida”, do compositor carioca Péricles Cavalcanti, escrita para ela nos anos 1980, e que integra o repertório do disco “Essencial”, de 1982). Nele, Fafá se interligou à música do Norte do país e foi mergulhar em um mar que tem ganhado cada vez mais notoriedade: o tecnobrega, o arrocha, a música (um tanto quanto) eletrônica.

Fafá está cada vez mais sorridente, dançante, sensual, agitada e viva. E sem vergonha de cantar seu povo e sua terra. Como diz a letra da sétima música de seu CD, Fafá quer mesmo é mostrar que seu “coração é brega”.  E que é chique ser brega. A jovialidade de seu novo som fez muito bem a ela e aos seus 40 anos de estrada.

Assista à Fafá cantando uma das músicas do novo CD durante o evento dessa terça, 18 de agosto.

“Meu coração é brega!”“Meu coração é brega!”

Posted by Fafá de Belém on Terça, 18 de agosto de 2015