O Museu de Arte Moderna (MoMa) de Nova York abriu as portas para a “One woman show”, primeira retrospectiva dedicada a Yoko Ono. A japonesa é considerada uma das maiores artistas conceituais do século 20, mas que costuma ser lembrada por ter sido a esposa de John Lennon.

As obras foram produzidas pela artista entre os anos de 1960 e 1971 e propõem uma grande interação com os visitantes. Uma das instalações são sete xícaras de café Illy, sendo que seis estão “quebradas” e uma está intacta.

Utilizando a centenária técnica de restauração japonesa de Kintsugi, que recupera a cerâmica misturando verniz e pó de ouro, ela quer mostrar o processo de feridas históricas e emotivas e sua cicatrização.

Também estão expostas as famosas imagens de “Bed-In”, quando ela e Lennon ficaram em uma cama por horas debatendo temas diversos. Há ainda fotos do começo da carreira de Yoko em Tóquio, onde ela começou a experimentar objetos de vanguarda.

Das 125 peças expostas – entre fotos, instalações e performances – os mais tímidos devem evitar a “Painting to be Stepped on” (Pintando para ser pisado, em tradução livre) ou a “Bag Piece”, onde as pessoas são convidadas a ficarem nuas e vestir uma capa preta para interagir com o espaço completamente em branco.

A instalação “To See The Sky” (Para ver o céu, em tradução livre) pode causar vertigem em alguns. Isso porque uma escada metálica sobe até a clarabóia do sexto piso e, ao chegar ao topo, ela começa a oscilar e dá o senso de precariedade até você atingir o solo novamente. A exposição ficará aberta até o dia 7 de setembro.

*Com informações da Ansa