Foi aberta na terça-feira, 7 de julho, a exposição “Rio Setecentista, quando o Rio virou capital”, no Museu de Arte do Rio (MAR). A mostra traça um panorama das transformações ocorridas durante o século 18, época em que cidade se tornou a capital do Vice-Reino do Brasil (1763).

A exposição comemora os 450 anos da fundação do Rio propondo um trajeto visual para adentrar esse século de sua história. O acervo é composto por 700 peças, incluindo vasta documentação, objetos da época, ilustrações, pinturas, artefatos religiosos e obras de arte contemporânea, de artistas anônimos e aclamados como Mestre Valentim, Adriana Varejão, Guignard, Augusto Malta, Vasco Araújo, Pierre Verger, Carlos Julião, Rugendas e Debret, entre outros.

“Rio Setecentista, quando o Rio virou capital” aborda aspectos civis e religiosos da época, conduzindo o visitante por um percurso que tem início logo após o descobrimento e segue até a chegada da família real portuguesa, em 1808, em uma história marcada por sonhos e guerras desde seu nascimento.

Pela primeira vez será apresentada de forma ampla sua coleção de arte sacra e artefatos vindos de diversas igrejas da cidade e itens de acervos particulares. Um dos grandes nomes do período, Mestre Valentim – responsável por esculturas e talhas religiosas, bem como diversos monumentos civis espalhados pelo Rio – será representado por meio de obras originais e reproduções. O visitante também terá acesso a peças grandes do barroco e do rococó brasileiro. Os dois estilos, conhecidos por suas semelhanças, terão suas diferenças apresentadas numa multiprojeção criada especialmente para a exposição. O núcleo abordará ainda as religiões afro-brasileira e judaica.

Ao final do século 17, com a descoberta de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, a cidade passa a ser vista como um importante ponto de escoamento do minério.  Já em meados do século 18, as ideias do Iluminismo começam a chegar à colônia – trazidas por jovens da elite enviados para estudar em Portugal. Uma das grandes influências no Brasil é o início das tentativas de independência e, por isso, a mostra terá uma parte dedicada a Tiradentes. Julgado no Rio de Janeiro, Joaquim da Silva Xavier foi um dos líderes da Inconfidência Mineira, movimento de emancipação que abriu precedentes para outras revoluções. O visitante poderá ver, pela primeira vez, o machado que esquartejou Tiradentes – segundo relatos -, além de diversos objetos e documentos.

A mostra ocupará integralmente o terceiro andar do Pavilhão de Exposições, espaço dedicado ao debate de questões relativas à cidade do Rio de Janeiro. A curadoria é assinada por Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira, Anna Maria Fausto Monteiro de Carvalho, Margareth da Silva Pereira e Paulo Herkenhoff. “Rio Setecentista, quando o Rio virou capital” fica em cartaz 8 de maio de 2016 no Rio de Janeiro.

“Rio Setecentista, quando o Rio virou capital” no MAR

Temporada: 7 de julho de 2015 a 8 de maio de 2016
Dias e horários: de terça a domingo, das 10h às 17h (às segundas-feiras o museu fecha ao público)
Local: Museu de Arte do Rio (MAR) – Praça Mauá, 5, Centro – Rio de Janeiro/RJ
Ingressos: R$8,00 (inteira) e R$4,00 (meia-entrada), pagamento em dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard), gratuidade para alunos da rede pública (ensinos fundamental e médio), crianças com até cinco anos ou pessoas a partir de 60, professores da rede pública, funcionários de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa, Vizinhos do MAR e guias de turismo. Às terças-feiras a entrada é gratuita para o público geral. Aos domingos a entrada é gratuita para portadores do Passaporte de Museus Cariocas que ainda não tiverem o carimbo do MAR. No último domingo do mês o museu tem entrada grátis para todos por meio do projeto Domingo no MAR.
Mais informações: (21) 3031-2741