Com uma janela exclusiva para filmes cuja temática principal é a diversidade sexual, o 22º Festival de Cinema de Vitória, que acontece de 11 a 16 de setembro, apresenta a 5ª edição da Mostra Quatro Estações.
São produções que dão visibilidade às questões do público LGBTT e expressam as múltiplas identidades sexuais existentes. Neste ano, a mostra reúne cinco curtas-metragens, que propõem um variado leque de possibilidades para se pensar o corpo como locus de resistência.
A exibição dos curtas será a partir da meia-noite de sexta-feira, 11 de setembro, primeiro dia de evento, no Theatro Carlos Gomes. Os filmes concorrem ao Troféu Marlene, adereçado pela estilista e produtora cultural Stael Magesck, como prêmio de Melhor Filme.
Um dos destaques da mostra é o paulistano “Nova Dubai”, de Gustavo Vinagre, que participou de diversos festivais dentro e fora do Brasil. O curta mostra como a especulação imobiliária ameaça os espaços afetivos da memória de um grupo de amigos, que em resposta a essa iminente transformação começa a praticar sexo em locais públicos e nessas construções. Também estão na programação o pernambucano “Como era gostoso meu Cafuçu”, de Rodrigo Almeida, que segue a linha dos curtas produzidos pelo coletivo Surto & Deslumbramento e o carioca “Amanhã já é outono”, de Luciana Bezerra, que aborda o relacionamento entre duas mulheres.
Vindo de São Paulo, “Submarino”, de Rafael Aidar, parte da história de um homem idoso cujo companheiro de longa data falece e o personagem passa a experimentar um mundo de fantasia. Já “Sailor”, uma produção do Rio Grande do Norte, de Victor Ciriaco, narra um encontro inesperado, inspirado na canção “Surabaya Johnny”, de Bertolt Brecht e Kurt Weill.
5ª Mostra Quatro Estações
Data: 11 de setembro
Horário: meia-noite
Local: Theatro Carlos Gomes – Praça Costa Pereira, 25 – Centro – Vitória – Espírito Santo
“Amanhã já é Outono, de Luciana Bezerra” (FIC, 16 min./RJ)
Sinopse: Entre uma noite pós-festa e uma carona para o trabalho, nasce o romance entre duas mulheres.
“Submarino”, de Rafael Aidar (FIC, 20 min./SP)
Sinopse: Dois anos após a morte de seu companheiro, Olavo vive isolado aos 85 anos. Na solidão do luto, ele se aventura pelo mundo virtual, submergindo em uma grande fantasia entre os espaços públicos e privados da internet.
“Sailor”, de Victor Ciriaco (FIC, 13 min./RN)
Sinopse: Você pode sentir o sal permear sua pele? Pedro está diante de uma relação nunca vivenciada. Johnny veio de longe e segue o ciclo de sua vida. Partir, ficar, voltar. Sailor narra um encontro inesperado, inspirado na canção “Surabaya Johnny”, de Bertolt Brecht e Kurt Weill.
“Como era Gostoso meu Cafuçu”, de Rodrigo Almeida (FIC, 14 min./PE)
Sinopse: É tão gostoso sonhar com você. É tão real que me causa prazer. E eu não penso mais em nada.
“Nova Dubai”, de Gustavo Vinagre (FIC, 50 min./SP)
Sinopse: Num bairro de classe média numa cidade do interior do Brasil, a especulação imobiliária ameaça os espaços afetivos da memória de um grupo de amigos. Sua resposta diante dessa iminente transformação é praticar sexo em locais públicos e nessas construções. E o amor? É apenas mais uma construção?