Dirigido por Silvio Toledo, “A Princesa de Elymia” é o primeiro longa-metragem de animação brasileiro realizado no estado da Paraíba. Com muita fantasia e riqueza de imagens, a trama narra a saga de uma menina que mora em uma favela no Rio de Janeiro e torna-se heroína em outro mundo. Ela atravessa um portal na Pedra da Gávea e vai parar em Elymia, onde descobre ser a única esperança de salvar esse reino distante de um bruxo tirano.
A identidade visual da produção é inspirada no universo dos games, desde os cenários virtuais aos personagens, e todo o processo foi realizado digitalmente. Durante a finalização do longa, cerca de um milhão de imagens separadas foram geradas em computador. Elas foram compostas nos quadros do filme e, quando exibidas numa velocidade de vinte e quatro imagens por segundo, criam a ilusão de movimento. As máquinas levavam de 15 minutos a 12 horas para processar cada quadro após os artistas de animação terem criado as posições dos personagens.
A produção iniciou em 2013 e foi concluída no ano passado. Embora a maior parte do trabalho tenha sido feita por 6 pessoas, cerca de 40 profissionais trabalharam no projeto. A Princesa de Elymia custou 375 vezes menos que Moana, da Disney. É também o longa-metragem de animação brasileiro de menor custo da década e, possivelmente, o que levou o maior tempo de produção devido ao alto grau de detalhes nas imagens.
No elenco, os destaques são a estreante Maria Alice Gadelha, que empresta a voz à protagonista Zoé, e o veterano do cinema nacional Fernando Teixeira, que interpreta o vilão Tempestança. A trilha sonora é assinada pelo cantor e compositor Moisés Freire e conta com a voz de Josi Oliveira.
O filme faz diversas referências à realidade brasileira, garantindo a identificação do público infanto-juvenil. O roteiro trabalha conceitos sobre como o fraco pode tornar-se forte e como ter esperança é fundamental para se alcançar objetivos, mesmo os mais difíceis. Espelha, assim, a garra do povo trabalhador brasileiro e traz uma mensagem encorajadora.