Nascido no Rio de Janeiro, Bruno Gissoni passou oito anos de sua juventude em Los Angeles, nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, atuou como jogador de futebol pelos times do São Paulo e do Nova Iguaçu Futebol Clube. Em 2007 fez uma pequena participação na novela “Alta Estação”.
Estreou no teatro em 2009, com a peça “Capitães de Areia” e, logo depois, ingressou na Escola de Atores da Rede Record, ministrada pelo ator Roberto Bomtempo. Seu primeiro papel de destaque veio em 2010 quando protagonizou a 18ª temporada de “Malhação”.
Em 2012 estrelou o sucesso “Avenida Brasil” e seu último papel na TV foi como Guto de “Babilônia”. Hoje, Bruno também integra o elenco da peça “Dzi Croquettes”, que faz diversas apresentações pelo Brasil. Em “Até que a Sorte nos Separe 3“, ele vive Tom, filho do homem mais rico do Brasil, que atropela Tino (Leandro Hassum) e se apaixona por sua filha Teté (Julia Dalavia).
Almanaque da Cultura: É o seu primeiro trabalho no cinema? Como tem sido a experiência?
Bruno Gissoni: Foi ótima. Eu sempre tive essa vontade de estrear no cinema, e tive a sorte de estrear em um projeto tão grande como esse, com profissionais maravilhosos. Aprendi muito, até porque não faço muita comédia, trabalhando com o Hassum, com a Camila e a Emanuelle. Mas é um trabalho diferente da televisão, pelo ritmo, pelo clima que tem no set. Foi uma experiência ótima de viver mesmo.
Almanaque da Cultura: Aproveitando essa questão do clima, como é a atmosfera na TV e no set?
Bruno Gissoni: A televisão é mais produção, então o ritmo é mais frenético, você tem que cumprir uma meta diária de cenas que é muito grande. O cuidado com as cenas é um pouco menor. No cinema não. É tudo detalhe, tem que ser perfeccionista mesmo.
Almanaque da Cultura: O desejo de fazer um filme te acompanha há muito tempo ou é algo recente?
Bruno Gissoni: Nunca chegou a ser uma prioridade trabalhar no cinema. O que eu busco mais é o personagem. Se ele está no teatro, na televisão, isso é o de menos. Teatro eu já fiz bastante, novela também, então sempre ficou esse buraco no lugar do cinema. Eu tinha essa vontade tremenda de explorar esse campo, até pela curiosidade de saber como é, de viver isso. E agora consegui e deu certo.
Almanaque da Cultura: Quais são as características desse seu personagem?
Bruno Gissoni: O Tom é um cara super pé no chão, romântico para caramba. Um cara certinho, todo correto, conservador também, e eu acho que isso está em falta hoje em dia. Acho que esses valores estão quase extintos no cara moderno, e o Tom traz eles de volta, esse perfil clássico, de antigamente. O Tom é meio à moda antiga.
Almanaque da Cultura: Você falou que não teve muito contato com comédia. Qual é a sua relação com ela e como foi fazer esse personagem mais cômico?
Bruno Gissoni: Eu adoro fazer comédia. Faço uma peça chamada “Dzi Croquettes” que também tem essa pegada de comédia escrachada, inteligente também. E já trabalhei na televisão, quando fiz “Avenida Brasil”, num núcleo que era muito cômico. E adorava fazer, ficava super à vontade. Mas na maioria das vezes nas novelas meus personagens eram mais voltados para o romance. O foco dos personagens era sempre esse, e comédia ficava meio secundária.
Almanaque da Cultura: E é uma coisa difícil? Observar o Hassum trabalhando é interessante nesse aspecto?
Bruno Gissoni: Não. Tudo depende da direção, do parceiro que você tem em cena. E quando tudo é bom assim, acho que flui. O Hassum é de outro mundo. O maior desafio para mim nesse filme foi não rir em cena com ele. Mas ele é incrível. Só de estar na mesma cena que ele, você já entra nesse clima de comédia, de humor.