A 17ª edição do Festival do Rio transformará a cidade em capital do cinema nas próximas duas semanas. Com cerca de 280 filmes de mais de 65 países, o evento teve sua abertura na noite desta quinta-feira, 1º de outubro, e segue com sua programação até dia 14. Para 2015, algumas novidades integram o circuito.

A maior delas é a volta do Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro ao festival. A Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro também volta a receber filmes e o Cine Carioca Méier entra para o elenco das salas em que o público pode assistir as produções na Zona Norte do Rio.

Um das diretoras do festival, Vilma Lustosa, falou da importância do evento para o cenário nacional. “Ele tem um papel de difusão muito profundo. Todos os que filmes que circulam aqui se espalham pelo Brasil inteiro, são selecionados para outros festivais, dentro e fora do país. Nosso papel é meio de irradiador, de lançar o filme e sair colocando-o em outras praças”, analisou ela.

Vilma Lustosa e Barbara Paz na exibição “Gata Velha Ainda Mia”, em 2013 (Foto: Felipe Felizardo)

Neste ano, a Première Brasil traz mais de 50 filmes nacionais, que vão de diretores renomados a novos profissionais. Além disso, comemorando o aniversário da cidade, ocorre a mostra comemorativa “Rio 450” com produções que contam a história de locais como a Pedra do Sal, o Saara, além da maior festa popular do mundo, o Carnaval.

“O Festival do Rio atinge a maioridade antes do 18 anos. Imagina o trabalho desta equipe, a dedicação das pessoas que fazem este festival. Não é mole”, disse o fotógrafo e cineasta paraibano Walter Carvalho, cujo filme “Brincante” fez parte da programação no passado.

“Você converge, durante esses dias, a inteligência do cineasta estrangeiro, nacional, universitário, popular e as plateias. Tudo converge com esse encontro, essa celebração com o cinema. Toda essa cena ritualística de se apagar as luzes e a tela se mexendo. Acho fantástico”, explicou o profissional, conhecido por dividir a direção da minissérie “O Rebu” com José Luiz Villamarim.