Em cartaz com a comédia “Até Que a Sorte nos Separe 3” nos cinemas, Leandro Hassum deve colocar em prática em 2016 o projeto de um filme agora baseado na história de sua família. Em entrevista ao programa “Marília Gabriela Entrevista”, no canal a cabo GNT, no dia 6 de dezembro, o artista contou que o pai era membro da máfia italiana na década de 1990 e fazia contrabandos sem que ninguém soubesse. A família só tomou conhecimento disso quando o ator tinha 21 anos.

“Em 1994, ele foi preso por tráfico internacional de droga. Meu pai era responsável pelo transporte da droga do Brasil para a Europa e para os Estados Unidos. Fazia parte da máfia italiana. Isso foi na década de 90. Meu pai foi preso no dia 14 de novembro de 1994. Eu não tinha a menor noção. Hoje, eu olho para trás e falo assim: ‘Como é que eu não percebi alguns sinais, como eu não notei isso?'”, revela o ator.

Leandro Hassum no set de filmagem do filme “Até Que a Sorte Nos Separe 3 (Foto: Divulgação/Globo Filmes)

Leandro disse ter perdodado o pai e ter dado chances para que eles não perdessem o contato e para que sua filha conhecesse o avô. O comediante ainda revelou ter feito muita terapia para aprender a lidar com o fato e que pretende transformar a história em livro, filme ou série. “É um conselho da minha psicóloga para que eu consiga expurgar muita coisa”.

“Foi doloroso, nunca escondi. Acho que é cinematográfico. Vou juntar uma galera para fazer um roteiro. Quero mostrar a visão de um garoto que viveu até os 21 anos sem saber o que se passava em casa. Queria falar sobre família, o pano de fundo é o tráfico. A partir do meu olhar. Tive um pai muito bacana, não pude imaginar que existia outro universo. É o meu ponto de vista. Faço análise há muito tempo. Estou anotando umas coisas, acho que isso vai ser bom para mim. Quero fazer bem feito. Contar de uma forma bacana”, conta.