O longa “Malasartes e o Duelo com a Morte”, de Paulo Morelli, é a produção com o maior número de efeitos especiais da história do cinema brasileiro, tendo mais de 50% das cenas geradas por computação. O vídeo mostra o antes e o depois de algumas cenas, revelando processo de transformação por qual passam desde sua concepção, passando pela filmagem, com os atores atuando em fundo verde, até o resultado final.

A O2 Pós, empresa do grupo O2 Filmes, mobilizou uma equipe de pós-produção com mais de 100 profissionais durante cerca de dois anos e contou com recursos sofisticados para dar cabo de contar essa historia, que se passa em dois mundos: o rural, onde vive o protagonista Malasartes (Jesuíta Barbosa), e o mágico, lar da tão temida Morte (Julio Andrade).

“Foi preciso recriar esse mundo mágico inteiro com efeitos especiais, após as filmagens. A princípio íamos fazer os personagens voarem, mas senti a necessidade de ousar um pouco mais e fomos inserindo efeitos visuais”, explica Morelli, que também assina o roteiro e começou a idealizar a trama há 30 anos, em uma pesquisa sobre folclore brasileiro. “Já nesse primeiro momento, eu tive a ideia do que seria a essência do filme: o Malasartes, que tem fama de ser o cara mais esperto, tenta enganar a tão temida Morte. Na época, seria impossível fazer esse mundo mágico, mas hoje em dia, a tecnologia já permite avançar e fazer efeitos especiais sofisticados. Foi um grande desafio, nunca tinha sido feito nada parecido na O2, nem no Brasil”, conta o diretor.

Curiosamente, as primeiras imagens que servem de base para os efeitos especiais são pinturas, realizadas no papel. “O diretor tem o briefing e tudo que ele imaginou vira pinturas, onde a gente começa a analisar como será cada cena. Esses desenhos são mostrados inclusive no set de filmagem, e servem para reconstruirmos tudo no computador na pós-produção”, comenta o supervisor de efeitos visuais da O2 Pós, Ricardo Bardal.

À primeira vista, a inserção dos efeitos especiais pode parecer um processo simples, acrescentando apenas alguns elementos no material que foi filmado. Mas é um trabalho complexo, que inclui cenas feitas inteiramente em computação gráfica, transformação dos atores reais em dublês digitais idênticos, recriação de cenários, entre outras etapas. “Uma cena rodada com fundo verde, por exemplo, para ser planejada envolve muitos profissionais, desde o conceito. Luz, cor, modelagem, textura, enfim, cada elemento desses tem um especialista ou uma equipe responsável”, afirma Bardal.

O trabalho da pós-produção se complementa ao da direção de arte.”Os cenários que filmamos do mundo encantado são pedacinhos pequenos que simplesmente cobrem a ação dos atores. O grande vale das velas, as montanhas e todo esse mundo foi feito em computação gráfica”, comenta o diretor de arte Tulé Peake.

Além de Jesuíta Barbosa e Julio Andrade, o elenco principal reúne: Isis Valderde, Vera Holtz, Leandro Hassum, Augusto Madeira, Milhem Cortaz, Luciana Paes e Julia Ianina. A O2 Filmes assina a produção do longa, em coprodução com Universal, Paris Filmes, Globo Filmes e Spcine. Paris Filmes, Downtown Filmes e O2 Play são as distribuidoras responsáveis pelo lançamento, marcado para o dia 10 de agosto.

Sinopse

Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa) vive de pequenas trapaças e está sempre se safando das situações, mesmo as criadas por ele. Mas terá que enfrentar dois grandes inimigos: Próspero (Milhem Cortaz), que fará de tudo para impedir que sua irmã Áurea (Isis Valverde) namore um sujeito como ele, e a própria Morte encarnada (Julio Andrade), que quer tirar férias e enganar Malasartes. Ele ainda terá que lidar com a bruxa Parca Cortadeira (Vera Holtz) e Esculápio (Leandro Hassum), assistente da Morte. Agora, com personagens deste e do outro mundo se unindo contra ele, Malasartes terá que usar de toda a sua esperteza para sair ileso dessa confusão.

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