Carnaval 2016: Carnavalesco da Portela, Paulo Barros leva tradição e inovação em sua estreia na escola

A Portela foi a quarta escola a se apresentar pelo Grupo Especial na noite desta segunda-feira, 8 de fevereiro, com o enredo “No vôo da Águia, uma viagem sem fim”. A dobradinha entre inovação e tradição casou um samba perfeito na estreia do carnavalesco Paulo Barros, anteriormente na Mocidade Independente de Padre Miguel.

A Águia, marca maior da escola, fez um sobrevoo e foi a condutora do enredo sobre as viagens reais e fantásticas da Humanidade. No entanto, desta vez, ela veio de uma forma diferente. O abre-alas levou duas jornadas emblemáticas: a travessia do Mar Vermelho e a Odisseia, de Homero, poeta também representado na comissão de frente, onde um dos integrantes do carro subia pelas águas. O carro sobre o livro “As Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift, apresentou um boneco de 15 metros de altura e com a reprodução do rosto do ator americano Jack Black, protagonista do filme “As Viagens de Gulliver”. A plateia vibrou quando a estrutura abaixava e levantava. Os filmes “Guerra nas Estrelas” e “Perdidos no Espaço” também estiveram presentes no desfile, que finalizou com uma viagem cibernética.

O destaque do desfile na Avenida

O destaque ficou por conta do barco que virava no meio da Avenida, mas os tripulantes, da Intrépida Trupe, ficavam a salvo. Cabeças de dinossauros engoliam integrantes de carro no terceiro setor. Maior campeã da história do carnaval carioca, a Portela saiu da Avenida ovacionada aos gritos de “é campeã” pela grandiosidade das alegorias e tecnologia envolvida. A velha guarda terminou o cortejo não contendo as lágrimas nos olhos e na expectativa do título que não vem desde 1984.

Confira as fotos do desfile

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Confira o Samba-enredo

“No vôo da Águia, uma viagem sem fim”

Autores: Samir Trindade, Wanderley Monteiro, Elson Ramires, Lopita 77, Dimenor e Edmar Jr.

Voar nas asas da poesia
Rasgar o céu da mitologia
E nessa Odisséia viajar
Meus olhos vão te guiar, na travessia
E no meu destino sem fim
Cruzar o azul que é tudo pra mim
Enfrentar tormentas e continuar, a navegar

Oh leva eu me leva, aonde o vento soprar eu vou
Oh leva eu me leva, sou livre aonde sonhar eu vou

Quisera ir ao infinito
Sentir lugares tão bonitos
Em terras mais distantes me aventurar
Sem saber se um dia vou voltar

E mais além, no elo perdido cheguei
No vai e vem, a chave da vida encontrei

Vou pedir passagemem
Busca do ouro
O seu brilho me fascina
Quero esse mapa da mina, pra achar tesouros
Abre a janela, pro mundo que Paulo criou
Do outro lado, alguém pode ver esse amor
Meus filhos vem me adorar
O Samba reverenciar
Abram alas, vou me apresentar

Eu sou a Águia, fale de mim quem quiser
Mas é melhor respeitar, sou a Portela
Nessa viagem, mais uma estrela
Que vai brilhar no pavilhão de Madureira