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Carnaval 2018: Confira o Samba-Enredo da Grande Rio

A Grande Rio será a quinta escola a desfilar na Sapucaí, com o Samba-Enredo "Vai Para o Trono ou Não Vai?"

Grande Rio (Foto: Daniel Collyer/Hipermídia Comunicação)

Ele não seguia o roteiro, desprezava os textos, não ouvia o diretor de palco e decidia fazer o que o momento pedisse, nem que fosse jogar uma peça de bacalhau no auditório. Em seguida, cinicamente, perguntava, enquanto segurava a lata: “Vocês querem azeite?”

Abelardo Chacrinha Barbosa criava na hora, improvisava, e abusava do humor. Fantasiado de bailarina, anjo, Napoleão, Zorro ou um palhaço mambembe ele tinha a fórmula exata para se comunicar com a alma do povo. Apesar de ignorar toda a técnica usada pelos grandes comunicadores, até hoje é respeitado como um dos maiores de todos os tempos do rádio e da TV brasileiros.

Homenageado pela tricolor de Duque de Caxias, o apresentador será lembrado como o garoto de Surubim que trabalhou no armarinho do pai, na pensão da mãe e, já rapaz, viajou de navio para a Europa como baterista de um conjunto de jazz. Reviverá a Jovem Guarda e a Tropicália, momentos marcantes do Troféu Abacaxi e, certamente, fará crescer a saudade de seu público fiel.

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Samba-Enredo da Grande Rio

“Vai Para o Trono ou Não Vai?”

Autores: Edispuma / Licinho JR. / J. L. Escafura / Marcelinho Santos / Gylnei Bueno / Hélio Oliveira

Intérprete: Emerson Dias

O show não terminou
Vou desfilar nos braços do meu povo
Outra vez vou ficar maluco beleza
Agora aguenta, coração
Alegria, alegria era o tom da canção,
Sou o Velho Guerreiro, um tropicalista
Eu não vim para explicar, vou te confundir
Se eu buzinar… leva o troféu abacaxi

Ê, baiana… o seu balancê me encanta
Roda e avisa, vem pro meu samba
Quero vê-la sorrir, quero vê-la cantar
Se é Maria ou João deixa pra lá

E por falar em saudade
O preto e o branco da televisão
Nas ondas do rádio, tocando amores
A luta pelos bastidores
Minha Florinda, a flor mais linda, desabrochou
Chacrinha, morada que batiza o meu sucesso
São tantas emoções, eu te confesso
Sou Abelardo, aquele abraço
Recife… em Surubim
nasceu o rei menino
No frevo dessa gente arretada
Vou me acabar
no Galo da Madrugada

Meu Iaiá, quando a sirene tocar
A massa toda cantar
Vai para o trono ou não vai?
Vem, chacrete, o bumbum rebolar
Eu vou brilhar na tv, ouvir de novo dizer

Oh, Terezinha! Oh, Terezinha!
Vai começar mais um Cassino do Chacrinha
Oh, Terezinha! Oh, Terezinha!
A Grande Rio é o Cassino do Chacrinha