A Comic Con Experience realizou nesta quinta-feira, 3 de dezembro, o painel da DC Comics. Em sua primeira vez no evento, a editora aproveitou para trazer alguns de seus desenhistas mais conceituados para o palco do Auditório Cinemark, que conversaram sobre heróis e histórias de vida em um encontro animado e leve com o público, que lotou o local. Estiveram presentes o co-editor-chefe da DC Comics, Dan DiDio; o desenhista americano Jim Lee e os brasileiros Eduardo Pansica, Eddy Barrows, Joe Prado e Ivan Reis.
Um importante ponto do encontro foi quando Pansica falou pela primeira vez que será o desenhista responsável pela HQ do Nuclear (em original Firestorm). Quando um espectador pediu a ele um spoiler sobre a publicação, o artista brincou. “Até cinco minutos antes de entrar, eu não poderia falar nada sobre isso, é bom poder contar para o Brasil primeiro”, revelou Pansica. Ele ainda contou que a minissérie terá seis edições, escritas pelo próprio Gerry Conway, criador do herói de cabeça flamejante. Ele apenas afirmou que será uma série “com muito humor e ação”. E só.
Ivan Reis acabou de participar do relançamento do Ciborg e se prepara para o projeto da série “Levante dos Sete Mares” (“Rise of Seven Seas”), de seu herói favorito, o Aquaman. “Na verdade, é uma continuação de tudo o que já fizemos dois anos atrás. Vamos concluir. É uma grande história dele com a Liga da Justiça. Quando os previews saírem, vocês vão entender. É uma coisa muito difícil de não falar nada. Só se o chefe falar”, divertiu-se o desenhista.
Quando Jim Lee começou a contar que deixou os estudos de medicina em 1986 para dedicar-se aos desenhos, os geeks quase o aplaudiram de pé. Foi “Cavaleiro das Trevas”, uma das séries mais famosas de Batman, escrita por Frank Miller, que lhe deu forças para ir atrás de seus sonhos. Após perguntar se havia desenhistas ali, Lee deu uma grande dica. “Se vocês sonham em ser desenhistas, não desistam. Abra seu coração. Se tiverem amostras, me deixem ver seus trabalhos”.
Para encerrar a reunião, que teve clima descontraído, um fã indagou quanto à questão de participação ainda maior tanto de mulheres e população LGBT nas obras da DC Comics e foi bastante aplaudido. O artista declarou que a editora está em um momento muito inclusivo e atende um público que não lia quadrinhos. “Para nós, é importante tentar representar bem o mundo em que vivemos e hoje ele é diverso”, reforçou, dizendo que a DC tem algumas das melhores mulheres dos quadrinhos, como Mulher Maravilha e Batgirl.
Para Dan DiDio, muita coisa mudou desde que os personagens da editora foram criados, há 30, 40 anos. “Percebemos que não falamos com um público pequeno, falamos com o mundo todo. Precisamos contar melhores histórias, precisamos empurrar os limites, criar novos ícones. Nossos personagens precisam passar por grandes desafios, quanto mais desafio, melhor o personagem. Queremos ter histórias para todo mundo, com as quais todo mundo possa se identificar” finalizou o co-editor, sendo muito celebrado.