Um livro que mostra, de forma lúdica e sutil, as várias fases que o indivíduo socialmente estigmatizado passa: da descoberta do estigma, passando pela vergonha, a exclusão, o entendimento e aceitação das diferenças, a coragem de partir para o enfrentamento, até a redenção. Assim é “Fausto, O Dragão que Queria ser Dragão”, o terceiro livro infantil do jornalista e escritor André Romano. Publicado pela Giostri Editora, a obra chegou às livrarias em setembro e também está à venda online.
A obra conta a história de Fausto, um dragão macho que nasceu cor de rosa no reino da Perfeição, onde deveria ser azul. Expulso pelo rei Pavão, ele é obrigado a deixar os pais e ir viver no reino da Imperfeição. Lá, encontra a girafa anã, a zebra sem listras, o elefante sem tromba e outros coleguinhas imperfeitos, que vivem muito mais felizes e em harmonia do que os bichinhos do reino da Perfeição. Encorajado pelas palavras da mãe, que costumava lhe dizer que ninguém é perfeito, Fausto conseguiu, com a ajuda dos novos amiguinhos, desmascarar o rei Pavão, que também tinha suas imperfeições, mas que as escondia. No fim das contas, tanto o reino da Imperfeição quanto o da Perfeição sucumbiram e todos foram morar no reino da Superação.
“Quando criança, eu lia o universo da Turma da Mônica e embarcava nas histórias de Maria Clara Machado. Sempre gostei do lado lúdico de ambos. Já adulto, esbocei algumas histórias que eu tinha certeza que aquele garoto de sete anos que eu era, sonhador, iria gostar. Foi aí que começaram a nascer as aventuras que eu conto. Todas as minhas histórias passam pelo crivo daquele pequeno André, que nunca desapareceu e que faz parte de minha essência até hoje”, afirma Romano, que também assina os títulos infantis “Gigi e os Livros Perdidos” (2014) e “Uma Princesinha no Reino da Feiura” (2014), além de contos e romances adultos.
A história de Fausto contém todos os ingredientes que proporcionam uma boa leitura: contém ricas ilustrações de André Ximene, vocabulário simples e bem amarrado, capaz de ensinar e conscientizar o leitor sobre a importância do respeito às diferenças e sobre as consequências do preconceito. Tudo isso de forma extremamente leve e tocante. Uma obra simples que coloca uma lupa em um tema complexo. O livro de Romano poderia ser apenas um livro infantil, mas é um livro da vida.
“Fausto nasceu de um sonho que eu tive, em que a história foi toda contada para mim. No mesmo dia, eu havia lido a seguinte frase de Nelson Mandela: ‘Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar’. Achei que tudo faria sentido”, revela o autor. E acrescenta: “Fausto nasce em um momento que o mundo está literalmente de cabeça para baixo. O que ele precisa, sem dúvida alguma, é de amor e de menos julgamento.”
Cristina Padiglione, jornalista que assina a orelha do livro, escreve em poucas palavras tudo o que a obra de Romano representa: “Uma fábula essencial para todas as idades. Nosso pequeno dragão nos faz lembrar que ninguém nasce intolerante às diferenças dos outros: os adultos é que vão desaprendendo com padrões de imperfeição que só escondem a perfeição de um mundo plural, onde nada é mais bacana do que conviver com várias cores. Viva o Fausto!”.
“Fausto, O Dragão que Queria ser Dragão”
Autor: André Romano
Categoria: Infantil
Editora: Giostri Editora
Edição: 1ª
Ano: 2018
Idioma: Português
Especificações: Brochura | 24 páginas
ISBN: 978-85-516-0288-1
Peso: 100g
Dimensões: 21cm x 21cm
Preço sugerido: R$ 38
Vendas: Giostri Editora