Gilberto Gil conta como compôs ‘Aquele Abraço’ durante a Ditadura Militar

Entrevista com o artista está disponível no podcast 'Essenciais', da plataforma de streaming Deezer

"Essenciais" (Divulgação/Deezer)
"Essenciais" (Divulgação/Deezer)

Restrição de liberdades e perseguição à classe artística. Foi neste contexto de censura, pouco antes de sair para o exílio, que Gilberto Gil compôs “Aquele Abraço”, a mesma música que diz que “O Rio de Janeiro continua lindo”. Quando a faixa estreou na rádio, Gil já estava em Londres. Essa e outras curiosidades da carreira deste ícone da música brasileira são contadas pelo próprio em um podcast exclusivo que a Deezer, plataforma global de streaming, acaba de lançar.

A série “Essenciais” homenageia músicos brasileiros renomados através de entrevistas que usam a discografia do artista como fio condutor da conversa. Ao todo, são selecionadas cerca de 15 faixas para serem usadas como linha do tempo a fim de percorrer sua história.

Neste episódio, Gil também conta como foi escrever “Expresso 2222” e por que esta é uma das músicas que ele mais gosta de cantar: “Quando ainda estava em Londres, escrevi: ‘começou a circular o expresso 2222, que parte direto de Bonsucesso’, e aí pensei – pra depois!”. Só um ano após isso, Gil se depararia com essa anotação guardada na gaveta e finalmente terminaria a letra da música, que lhe rendeu tanto sucesso. O artista explica que esta canção simbolizou a retomada de seu contato com o público brasileiro, assim que chegou do exílio, e que ainda hoje é uma das mais mais solicitadas em suas apresentações.

Gil também fala sobre como foi o início de sua carreira em São Paulo, com o lançamento de “Louvação”, além de dar detalhes de seu envolvimento com o Tropicalismo, os festivais de música dos anos 60 e a composição de sucessos como “Domingo no Parque” e “Andar com fé”, entre tantos outras.

Em seu mais recente álbum “OK OK OK“, que marca a comemoração aos 50 anos de lançamento de seu primeiro disco, Gil traz músicas dedicadas à família, aos amigos e é uma resposta ao discurso de ódio que o artista recebe pelas redes sociais.

Figura cativa na história da música brasileira, Gilberto Gil encantou o Brasil e o mundo com suas composições e uma série de parcerias com outros nomes fundamentais da cultura nacional, como Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Luís Gonzaga e Erasmo Carlos.

Já participaram da série “Essenciais” os artistas Gal Costa, Elza Soares, Tom Zé, Martinho da Vila e Erasmo Carlos, além de Gil. As entrevistas são sempre conduzidas pela jornalista Roberta Martinelli.

Bruno Vieira, Diretor-Geral da Deezer no Brasil, afirma que “é impossível pensar no que a música brasileira é hoje sem conhecer o trabalho de Gilberto Gil, um nome ‘essencial’ da nossa história. Neste episódio, Gil mostra a genialidade de suas composições e encanta o público com sua simplicidade, como tem feito ao longo de todos esses anos de carreira”.

Para saber mais, acesse deezer.com.br. Ouça este episódio e todos os outros na Deezer.