Após ‘Tapas e Beijos’, Malu Rodrigues diz que quer fazer mais musicais

"Nunca vou parar de cantar, nem de trabalhar nessa área, é onde me sinto realizada, completa e feliz"

Malu Rodrigues ficou conhecida no Brasil como a Bia de “Tapas e Beijos“, série da TV Globo, onde viveu a filha de Fábio Assunção. A jovem iniciou carreira de atriz desde cedo, tendo começado a fazer aulas de canto e dança aos nove anos.

Recentemente, a artista atuou na montagem de “Nine – Um Musical Felliniano”, livremente inspirado no filme “8 ½”, de Frederico Fellini, espetáculo de Maury Yeston e Arthur Kopit, que no Brasil ganhou a direção de Charles Möeller e Claudio Botelho. No cinema já participou do elenco de “Confissões de Adolescente” e o “Homem  do Futuro”.

Em conversa com o Almanaque da Cultura, Malu Rodrigues comentou sobre os próximos trabalhos. Ela contou que vai lançar em fevereiro o filme de terror “O Caseiro” e interpretará a cantora Wanderléa no longa “Minha Fama de Mau”. No entanto, Malu revelou que espera seguir cantando. “Nunca vou parar de cantar, nem de trabalhar nessa área. É onde me sinto realizada, completa e feliz. Tem trilhões de musicais que eu gostaria de fazer”.

Malu Rodrigues como Bia em “Tapas e Beijos”, seriado da TV Globo (Foto: TV Globo/Alex Carvalho)

Almanaque da Cultura: Você disse recentemente que “Nine” foi o trabalho mais difícil de sua carreira. Por quê?
Malu Rodrigues: Foi o trabalho mais difícil e o mais divertido até agora. Foi pelo fato de ter sido o papel que interpretei mais diferente de mim, tanto vocalmente como fisicamente. Me exigiu mais vocalmente e como atriz, me entreguei de corpo e alma sem nenhum pudor.

Almanaque da Cultura: Como foi fazer uma peça baseada em Fellini?
Malu Rodrigues: Foi uma responsabilidade enorme. Fellini é um gênio e não só isso, além do “Oito e Meio” temos o “Nine”, onde o roteiro ficou ainda mais famoso e foi musicado né? Então, o trabalho foi dobrado pra fazer direito!

Almanaque da Cultura: Como foi esse seu trabalho com a dupla Möeller e Botelho?
Malu Rodrigues: Comecei com eles na Noviça Rebelde. São 10 musicais contando com o nosso show em comemoração aos 25 anos dos dois. Sou completamente apaixonada pelo trabalho deles. Sempre fazem tudo com muito carinho e respeito. Tudo é da melhor qualidade e de completo bom gosto: luz, cenário, figurino, som. Sou suspeita, mas é só assistir um espetáculo deles para entender o que estou falando. Eles são os reis dos musicais no Brasil, e o nosso encontro foi um encontro de almas, confio neles como meus segundos pais.

Malu Rodrigues no musical “Nine” (Foto: Leo Aversa/Divulgação)

Almanaque da Cultura: E a questão da sexualidade? Sua personagem Carla em “Nine” tinha essa pegada mais sexy. Você tem essa preocupação com sua imagem?
Malu Rodrigues: Cada personagem é diferente, escolhemos não ser vulgar porque achamos que não combinava. Ser vulgar não seria uma coisa ruim, mas foi uma construção nossa, simplesmente achamos que não combinava pelo decorrer da história, pela música de cortar os pulsos que a Carla canta no segundo ato. Não tinha muito a ver. Seria uma quebra muito grande, duas personagens diferentes. Tenho preocupação com a imagem da Malu na vida pessoal, atitudes minhas. Profissional não, quando se escolhe a profissão de ator, a pessoa se entrega de corpo e alma. A Malu é a pessoa mais tímida que existe, mas no palco não sou eu, é o meu corpo emprestado.

Almanaque da Cultura: Você acha que a Malu Rodrigues do início de “Tapas e Beijos” cresceu no fim da série?
Malu Rodrigues: Sem dúvidas. A convivência, a experiência, o aprendizado com as feras que dividiam as cenas comigo, tudo me ajudou a amadurecer como pessoa e principalmente como atriz. A Bia entrou adolescente e saiu mãe. Eu entrei uma Malu e saí outra. Foi um projeto muito especial, onde conheci pessoas muito incríveis e que guardarei no meu coração para sempre.

Malu Rodrigues em cena no longa “O Caseiro” (Foto: Reprodução/Facebook)

Almanaque da Cultura: Existem projetos seus para o futuro?
Malu Rodrigues: Vou lançar um filme de terror em fevereiro de 2016 chamado “O Caseiro“, com o Bruno Garcia e o Leopoldo Pacheco. A direção será de Julio Santi. Comecei a filmar agora “Minha Fama de Mau”, longa sobre a vida do Erasmo Carlos. Onde temos o Chay Suede como Erasmo, Gabriel Leone como Roberto Carlos e eu faço a Wanderléa pra completar a Jovem Guarda. O Erasmo está acompanhando as gravações, estou louca pra conhecer a Wanderléa, e o mais legal é que temos um jeito ou outro deles, mas são nossas vozes de verdade cantadas no filme. Tem ainda Isabella Garcia, Paula Toller, Bruno de Lucca, e direção do Lui Farias. Deve estrear no segundo semestre do ano que vem.

Almanaque da Cultura: Como você se vê daqui a cinco anos?
Malu Rodrigues: Cantando! Nunca vou parar de cantar, nem de trabalhar nessa área, é onde me sinto realizada, completa e feliz.