Giselle Prattes fala como é interpretar ao lado de José Mayer em musical

Em cartaz no musical "Kiss me Kate - O Beijo da Megera", atriz relembra sua trajetória e comenta como é a relação com o filho, também ator

Desde os sete anos de idade, quando começou em produções teatrais, Giselle Prattes já mostrava o que seria na vida: uma artista. Aos 20, aparecia na Rede Globo como a representante do signo de Libra das Garotas do Zodíaco, no extinto Planeta Xuxa. Depois de participar de vários espetáculos, ela agora, com 35 anos, está no elenco do musical “Kiss Me, Kate – O Beijo da Megera“, ao lado de José Mayer, Chico Caruso, entre outros atores.

A curitibana criada em Niterói, Rio de Janeiro, mãe de Nicolas Prattes – atual protagonista da novela “Malhação – Seu Lugar no Mundo” -, conversou com o Almanaque da Cultura sobre sua trajetória, mostrando humildade e agradecimento por quem a ajudou.

Quando resolveu se dedicar ao talento para cantar, Giselle viu seus caminhos profissionais se abrirem ainda mais. Foi vocalista na banda Vitória Régia, que tocava com Tim Maia e também fez trabalhos como backing vocal para o grupo Araketu, Jorge Vercilo e Reginaldo Rossi. Ela ficou cerca de oito anos longe das artes, quando estudou e se formou em Psicologia e trabalhou em um centro de shiatsu com a mãe. Mas a satisfação pessoal e profissional a fez voltar aos palcos.

Participou de musicais como “Para Sempre Abba” (2013) e “Os Saltimbancos Trapalhões” (2014), inspirado no filme homônimo lançado em 1981.  Para ela, este é seu trabalho mais importante, no qual Giselle teve a responsabilidade de interpretar a felina Karina – personagem que foi de Lucinha Lins no original -, e cantar aqueles famosos versos: “Nós, gatos, já nascemos pobres. Porém, já nascemos livres. Senhor, senhora, senhorio. Felino, não reconhecerás”.

“Kiss me, Kate – O Beijo da Megera”, seu novo trabalho, estreou no dia 30 de outubro, no Teatro Bradesco, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A peça, criada pelo americano Cole Porter, conta as aventuras de uma companhia de teatro que monta “A Megera Domada”, de William Shakespeare. De forma metalinguística, o espetáculo, produzido por Charles Möeller & Claudio Botelho, aborda erros e acertos do teatro dentro e fora de cena.

Giselle, que faz parte desta trupe teatral, vem mostrando versatilidade e talento no palco. Também mãe da pequena Maria Fernanda, de sete anos, a artista relembra fatos de sua trajetória e conta como é sua relação com o filho, que seguiu seus passos como ator.

Almanaque da Cultura: Como foi trabalhar com Xuxa logo no início de sua carreira?
Giselle Prattes: Foi muito especial, era uma menina que cresceu assistindo a Xuxa na televisão. Foi um sonho realizado! Muitos aprendizados naquele lugar!

Almanaque da Cultura: De todos os trabalhos que você fez, qual foi o mais difícil? E de qual você mais gostou?
Giselle Prattes: Acho que o mais difícil e o que para sempre ficará guardado no meu coração foi “Saltimbancos Trapalhões”. Muita responsabilidade dividir a cena com o Renato Aragão em um musical enorme, sendo dirigida pelo Charles Möeller e Cláudio Botelho. Foi uma experiência linda.

Almanaque da Cultura: O que você prefere fazer: atuar na TV, estar em um musical, ser cantora?
Giselle Prattes: Eu amo trabalhar no teatro musical, mas desejo muito ter a oportunidade de contar uma história na televisão também.

Almanaque da Cultura: Como é estar em um musical com José Mayer e outros atores consagrados?
Giselle Prattes: É uma delícia! O Zé é aquele ator que você cresce admirando e quando se tem a oportunidade de vivenciar ensaios, coxia, você entende porquê ele se tornou esse ator consagrado. Ele é um homem super carismático, querido, generoso, disciplinado, inteligente e estudioso.

Almanaque da Cultura: Como é sua relação profissional com seu filho? Como você o aconselha? Vocês passam texto juntos?
Giselle Prattes: É deliciosa! Sempre conversamos muito, somos muito ligados. Não temos o hábito hoje de passarmos o texto. Ele tem uma coaching que o ajuda bastante Só em último caso, quando ele não tem tempo de encontrá-la, me pede ajuda. E sempre que posso ajudo ele, sim.

Almanaque da Cultura: Como é ser uma mãe jovem e ter um filho seguindo sua profissão?
Giselle Prattes: Sempre digo que somos sobreviventes! Não foi um caminho fácil até aqui, mas me orgulho muito de toda a nossa história! Vê-lo seguindo este caminho e de forma tão madura, enche meu coração de orgulho.