O monólogo “Juvenal, Pita e o velocípede” segue em cartaz até 13 de setembro, no Centro Cultural Justiça Federal, aos sábados e domingos, às 16h. A peça, que conta com as lembranças da infância do próprio ator que está em cena, Eduardo Almeida, é uma criação coletiva da Pandorga Companhia de Teatro com dramaturgia de Cleiton Echeveste.

Além das histórias pessoais de Eduardo e da equipe, o livro “Os fantásticos livros voadores de Modesto Máximo”, de William Joyce, foi uma das obras usadas durante o processo de pesquisa e de criação do espetáculo. Em “Juvenal, Pita e o velocípede”, o cenário é o próprio teatro e o público é convidado a se sentar em cadeiras e almofadas colocadas no palco em um semicírculo voltado para as poltronas vazias. Os únicos objetos cênicos são um velocípede grande desenhado e construído para a peça e um presente.

A peça foi criada a partir de lembranças da infância de Eduardo Almeida (Foto: Renato Mangolin)

Um teatro foi o lugar escolhido por Pita para reencontrar o amigo de infância que ela não vê há 30 anos. Juvenal hoje tem cerca de 40 anos. Enquanto espera a amiga chegar no teatro, ele relembra diversas histórias dos tempos de criança: como ele recebeu o nome de Juvenal, o dia em que ganhou o velocípede do tio, a paixão pelo personagem japonês Ultraman, como ele conheceu a Pita, entre outras.

Para viver Juvenal, Eduardo Almeida passou por uma transformação física nos últimos meses: raspou a cabeça, deixou a barba crescer e furou as orelhas. Em cada sessão, o ator usa tatuagens temporárias espalhadas pelo pescoço, os braços, as mãos e os dedos. Reveladas aos poucos durante a performance, as imagens fazem referência ao mundo do Juvenal e da própria infância do ator, como a tatuagem com o rosto do Ultraman e o nome do personagem escrito em japonês. “Eu sempre fui apaixonado pelo Ultraman, assistia a todos os episódios e até cantava em japonês”, conta Eduardo. “A trilha sonora que o Rudi Garrido criou foi toda inspirada no tema do seriado. É como se ele pegasse a música e colocasse de traz pra frente, de ponta a cabeça”, revela o ator.

Como ator e contador de histórias, o diretor Cadu Cinelli levou para a montagem a perspectiva do narrador. “O teatro é um lugar para se viver o lúdico, um lugar de encontros e que nos permite ver o que não existe. Durante o processo de criação, nunca perdi de vista que nós estamos ali para contar uma boa história”, explica Cadu, que lembra que a peça é para toda a família.

“Juvenal, Pita e o velocípede”

Temporada: até 13 de setembro de 2015 (Não haverá espetáculo nos dias 25 de julho e 29 de agosto)
Datas e horários: Sábados e domingos, às 16h
Local: Avenida Rio Branco, 241, Cinelândia – Centro
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Informações:
3261-2550
Duração: 55 minutos
Classificação: livre. Recomendando para crianças acima de 6 anos
Lotação: 80 lugares