Em cartaz como a periguete Tati na peça “A Antessala – Na Valsa do Tempo”, uma comédia com direção de Ernesto Piccolo, Samara Felippo contou ao Almanaque da Cultura sobre a sua atual personagem e a sua participação na primeira fase da novela “Os Dez Mandamentos“, na Rede Record. Ela ainda falou sobre o seu próximo projeto: uma peça de sua autoria e produção sobre a maternidade real. O texto vai abordar todos os lados de ser mãe: “tanto o amor, quanto a dor”, explica a atriz de 36 anos e mãe de duas filhas, Alícia, de 5 anos, e Lara, de 1 ano.
Almanaque da Cultura: Como é o seu papel na peça “A Antessala – Na Valsa do Tempo”?
Samara Felippo: Eu faço uma periguete nível máximo, bem caricata e escrachada mesmo. Uma periguete de péssimo caráter que usa do seu poder de sedução para conseguir o que deseja. Em cena, ela seduz a amiga Eva para conseguir que ela quebre alguns galhos para ela, como ficar horas em uma fila para pagar uma conta de banco, por exemplo.
Almanaque da Cultura: Quanto tempo vocês tiveram para ensaiar a peça?
Samara Felippo: Foi uma barra braba porque só tivemos um mês para ensaiar. Foi um mês intenso de ensaios. Mas, no final deu tudo certo.
Almanaque da Cultura: Como é contracenar ao lado da Joana Fomm?
Samara Felippo: Joana é um ícone para mim. É uma diva máster. É uma honra dividir o palco com ela, apesar de nós não contracenarmos juntas. Essa peça é um pouco esquizofrênica porque todo o elenco está em cena, no palco, mas não nem todas contracenam umas com as outras (risos). Eu nunca tinha feito nenhum trabalho assim. Mas só de estar na presença da Joana, estar em uma peça que tenha o nome dela é uma honra. Ela é uma grande atriz com um carisma incrível que traz um peso muito grande para a peça.
Almanaque da Cultura: Como foi a direção do Ernesto Piccolo?
Samara Felippo: O “Neco” e eu somos amigos há muito tempo. Sempre admirei muito o trabalho dele. Nunca tivemos a oportunidade de trabalhar junto até que surgiu esta oportunidade maravilhosa.
Almanaque da Cultura: Depois desta temporada no Teatro Café Pequeno, no dia 26 de julho, a peça vai continuar em cartaz em outro lugar?
Samara Felippo: Não sabemos ainda. Nem sei se irei continuar na peça. Tenho outros projetos que quero tocar para frente. Tem um texto para o teatro que é da minha autoria com a minha amiga, a atriz Carolinie Figueiredo, que eu quero muito produzir, que fala sobre a maternidade. Este projeto é um sonho de vida. O texto nasceu da nossa vontade de falar sobre o universo da maternidade real, das dificuldades de ser mãe de uma maneira bem-humorada. Sabe aquelas verdades que a gente costuma esconder de quem vai ser mãe? Nada vai ser escondido. Nós vamos mesmo falar sobre o amor e a dor de ser mãe.
Almanaque da Cultura: Como foi a experiência de fazer a primeira fase da novela “Os Dez Mandamentos”, da Rede Record?
Samara Felippo: A novela é um sucesso. Para mim foi muito prazeroso participar da primeira fase, entregar a novela para o novo elenco. Em especial para a Denise Del Vecchio, que me substituiu no papel de Joquebede. Fiquei muito feliz de fazer parte deste projeto bem-sucedido. Foi muito intenso para mim este papel, lembro que eu tive uma catarse de choro em uma cena gravando com o Roger Gobeth. A direção do Alexandre Avancini foi brilhante. Foi um processo muito exaustivo para mim porque era um personagem que sofria demais, ela chorava o tempo todo. Em todas as cenas eu estava chorando, aos prantos, desesperada. Isso me levou a uma exaustão enorme, mas o resultado final foi grandioso.
Almanaque da Cultura: E será que você pode voltar para fazer parte de outra fase da novela?
Samara Felippo: Não sei. Se fosse convidada aceitaria com prazer, mas o meu personagem volta em alguns capítulos dentro de flashbacks. Foi muito legal mesmo participar da novela, ter contracenado com o Roger. Nós atuamos juntos em “Malhação“, namoramos na vida real e conseguimos fazer uma bela parceria em mais esta novela.
