'A Regra do Jogo': Tony Ramos diz que Zé Maria é extremamente enigmático

Próxima novela das nove propõe discussão sobre qual o limite entre o certo e o errado

Tony Ramos dará vida ao misterioso Zé Maria, em “A Regra do Jogo“, nova novela da Rede Globo. O ator conversou com o Almanaque da Cultura e revelou que não quebra nenhuma regra no jogo da vida. “O meu jogo é muito claro. Com ética e com determinação. Olho no olho e respeito ao próximo. É fácil viver. As pessoas é que complicam com ganância, com inveja, e com querer ter aquilo que não podem ter”, relatou o cultuado artista.

Almanaque da Cultura: Conte-nos um pouco do misterioso Zé Maria?
Tony Ramos: Eu sei muito bem quem é o Zé Maria (risos). O Zé é aquele cara que faz tudo: que teve uma oficina mecânica, trabalhou como eletricista, até ter a sua vida virada de cabeça para baixo por ser acusado por um crime que ele jura ser inocente. Ele foge da policia e de daqueles que ele chama de “eles”. Mas ninguém sabe quem são “eles”. Só quem tem a resposta para essa pergunta é o João Emanuel Carneiro. Nenhum ator sabe.

Almanaque da Cultura: Como foi o convite para interpretar esse homem tão misterioso?
Tony Ramos: O Zé Maria foi um convite do João Emanuel Carneiro e da Amora Mautner. Estou encantando com a qualidade do texto em si. O meu personagem é muito misterioso. O público vai ficar muito curioso. Ele é um personagem extremamente enigmático. Tenho certeza que ele seja o mais “escorregadio” da trama. Ele era um cara perfeito até toda a tal acusação que virou a vida dele de cabeça para baixo. A luta desse homem é provar a sua inocência. Quando ele acha que vai poder “serenar”, as pessoas dizem que ele está sendo novamente perseguido. Ele vai fugindo durante toda a trama. Haja fôlego!

Almanaque da Cultura: Quais são as pessoas que ainda acreditam nele?
Tony Ramos: As duas pessoas que acreditam nele são a Djanira (Cassia Kis) e Adisabeba (Susana Vieira). Adisabeba sempre o ajudará. Além do filho, Juliano (Cauã Reymond). Realmente está sendo muito bom trabalhar com esses nomes.

Cauã Reymond e Tony Ramos na coletiva de imprensa da novela (Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Almanaque da Cultura: Como foi o laboratório (pesquisa) para construir esse personagem?
Tony Ramos: Não fiz laboratório nenhum. Foi zero! Não tem laboratório (risos). Imagina. Só tive uma reunião com o autor e com a diretora e discutimos o texto. Foi só isso!

Almanaque da Cultura: O que mais te encanta no texto do João Emanuel?
Tony Ramos: A brasilidade do texto me encanta muito. É um texto muito Brasil! E, principalmente nessa novela, ele discute muito o que é o bem e o que é o mal. O que é de fato o bem para um e o que é de fato mal para o outro. Nesse texto, ele discute claramente o que é a ética. O texto é primoroso. Estou muito feliz em fazer parte dessa novela.

Almanaque da Cultura: O que podemos esperar da “Regra do Jogo”?
Tony Ramos: Vocês podem esperar uma novela brasileira muito bem escrita e dirigida. E, feita por um elenco afiado e com muita determinação.

Almanaque da Cultura: O senhor quebra alguma regra do jogo da vida?
Tony Ramos: Não! O meu jogo é muito claro. Com ética e com determinação. Olho no olho e respeito ao próximo. É fácil viver. As pessoas é que complicam com ganância, com inveja, e com querer ter aquilo que não podem ter.

Tony Ramos é Zé Maria em “A Regra do Jogo” (Foto: Globo/João Cotta)

Almanaque da Cultura: O que o senhor vê dessa nova geração que pensa em ser celebridade e não ator/atriz?
Tony Ramos: Você não pode generalizar! Me desculpe. Tem grandes atores jovens de muito talento. Aqui mesmo, nesse elenco, o caso de Cauã Reymond e Marco Pigossi. São maravilhosos! Quem acredita em ser celebridade não é legal. Para ser ator, você tem que mergulhar no trabalho, estudar e seguir em frente. Nesse elenco de “A Regra do Jogo” não tem ator jovem pensando em ser celebridade. Posso te garantir.

Almanaque da Cultura: O povo brinca muito com o senhor na rua, falando o “Tony da Friboi”?
Tony Ramos: Me param na rua sim, mas não para falar da Friboi. Mas tem muita gente que brinca sim e eu fico feliz com isso, pois é uma campanha de sucesso. Eu tenho 51 anos de profissão e essa propaganda deu muito certo. Eles estão comprando a carne, então está tudo certo. Ninguém me chama de Tony da Friboi. Não tem isso.