Adriana Birolli está sem atuar na televisão desde a novela “Império“. A atriz retorna ao vídeo no papel da ardilosa Lorena, que fará de tudo para destruir Carolina, personagem vivido por Juliana Paes na trama “Totalmente Demais“, o novo folhetim das sete da TV Globo. Em uma conversa com o Almanaque da Cultura, Birolli confessou que recusou o papel de protagonista em uma emissora concorrente para viver a jornalista audaciosa. “Gostei da proposta e da personagem. É uma equipe que nunca trabalhei, estou animada! Achei que era uma boa oportunidade, principalmente pelo papel”.
Almanaque da Cultura: Sua personagem trabalha em um site de fofocas na trama. Qual foi a maior fofoca que falaram a seu respeito?
Adriana Birolli: Claro que eu não vou falar (risos). Se já incomodou, pra quê eu vou trazer à tona novamente? Eu acho que algo que não é verdade e é criado para fazer um bafo, é muito desagradável. Porque, às vezes, prejudica outras pessoas. Quando não é verdade, e sim uma invenção, falo: “de onde eles tiram isso?”. Isso incomoda qualquer um.
Almanaque da Cultura: Você nunca chegou a processar né?
Adriana Birolli: Não, graças a Deu. Eu sou uma pessoa bastante reservada e isso ajuda bastante.
Almanaque da Cultura: Você tem apreço maior pelas vilãs?
Adriana Birolli: Eu acho que hoje em dia a torcida do público está indo para o vilão. Não pelas maldades. E, sim, pelo conjunto. E, outra coisa, a arte é uma maneira da gente desopilar aquilo que a gente não faz na nossa vida. É muito gostoso pra gente ator, fazer coisas absurdas, terríveis. A gente não faz isso na vida. E, ali a gente extravasa mesmo. E, o público extravasa olhando. Outra coisa, quando tem um acidente de carro todo mundo quer olhar. O ser humano é muito curioso. E, com a televisão tem essa coisa gostosa de você poder fazer tudo, o que não faria na vida real. É uma coisa gostosa de se divertir.
Almanaque da Cultura: Você já chegou a sair mais leve de uma vilania?
Adriana Birolli: Quando a gente faz umas coisas terríveis, a gente fica bem mal. Para se recuperar come um chocolatão, um milk shake de chocolate, uma coisa de caramelo. Para voltar a alegria (risos). Sai do estúdio para ver um pouco do sol. Eu tenho um pouco disso quando eu tenho cenas muito pesadas. Costumo dizer que para encontrar essa vilania, buscamos lugares de dentro da gente que a gente acaba conectando. Coisas que até então estavam desativas em um algum lugar. É um esforço.
Almanaque da Cultura: Como funciona essa rivalidade dela com a Carolina?
Adriana Birolli: A gente vai ver bastante coisa nessa rivalidade (risos). Como a Lorena abriu um site de celebridade de moda. Então, ela tem um alvo muito mais fácil. Ela vai provocar bastante a Carolina. A Carolina já fez o que tinha que fazer com a Lorena, que foi demiti-la. Ela já fez a parcela dela. A minha rivalidade para destruir começa quando ela me demite.
Almanaque da Cultura: Por que ela demite?
Adriana Birolli: Já é a pré-história da novela. A trama já começa com isso acontecido. Acho que aos poucos a gente pode saber de algo mais.
Almanaque da Cultura: Você considera a Lorena uma antagonista?
Adriana Birolli: Eu acho que ela é rival profissional. Essa é a melhor maneira de dizer. Isso é o correto de dizer.
Almanaque da Cultura: Você acha que esse tipo de rivalidade está muito mais enraizado entre as mulheres?
Adriana Birolli: Eu acho que as mulheres são mais assumidas em relação a isso. Eu não tenho como afirmar nada. Mas, eu acho que sim. As mulheres são mais a flor da pele. Quantos homens que a gente sabe que são emotivos e, ninguém faz ideia disso.
Almanaque da Cultura: Você já passou por essa rivalidade?
Adriana Birolli: Um milhão de vezes. Desde muito pequena. Da época do colégio. O ser humano é disso. A disputa e a rivalidade podem ser saudáveis também. No caso da Lorena é destruir mesmo. Mas, isso pode ser de uma maneira saudável.
Almanaque da Cultura: A Lorena nutre inveja em relação à Carolina?
Adriana Birolli: Acho que é mais a vingança. Zero de inveja!
Almanaque da Cultura: Na sua profissão também tem mito dessa disputa?
Adriana Birolli: A minha e qualquer outra. A diferença é que a minha é muito mais exposta. Acaba que as pessoas ficam sabendo quem está disputando com quem. Às vezes nem verdade é.
Almanaque da Cultura: Você tem inimigas nesse meio? Não precisa citar nomes.
Adriana Birolli: Graças a Deus não. Eu não juntei inimigas durante a minha trajetória. Graças a Deus!
Almanaque da Cultura: E agora você vai ser nossa colega jornalista. Como está sendo isso?
Adriana Birolli: Vocês são o material perfeito para mim. Tenho observado bastante vocês. Eu estou me divertindo.
Almanaque da Cultura: Você é assídua nas redes sociais?
Adriana Birolli: Eu sou moderada. Se estou em um jantar, não fico mexendo no telefone. Eu sou um pouco das antigas nesse sentido. Viciada não.
Almanaque da Cultura: Você fez algum tipo de laboratório?
Adriana Birolli: Eu não quero ficar focada em uma pessoa só, mas a gente está vendo com a assessoria da novela para eu visitar um site. A Lorena é dona de um site, o Neo Top. Eu quero visitar um site e ver como tudo funciona. Ela é dona do site, mas quando a Carolina está no evento, ela dá um jeito de estar lá. Ali, ele faz questão de cobrir.
Almanaque da Cultura: Como você está vendo os jornalistas hoje?
Adriana Birolli: Fiz faculdade de publicidade e propaganda, que fica muito junto com o pessoal de jornalismo. O trabalho é muito complicado. Desde então, ética jornalística era discutida desde a época de faculdade. Claro que muda. A minha visão hoje é outra, sem dúvida nenhuma.
Almanaque da Cultura: Você recusou uma protagonista para fazer esse trabalho. Por que esse trabalho chamou tanto a sua atenção?
Adriana Birolli: Gostei da proposta e da personagem. É uma equipe que nunca trabalhei, estou animada! Achei que era uma boa oportunidade, principalmente pelo papel