Dayane Sena é a primeira eliminada do "No Limite" (Foto: TV Globo/Fábio Rocha)
Dayane Sena é a primeira eliminada do "No Limite" (Foto: TV Globo/Fábio Rocha)

Na sua apresentação, Dayane garantiu: “Vou surpreender porque sou uma pessoa destemida”. Ela só não contava que, logo nos primeiros momentos, teria que encarar uma prova na água – uma grande dificuldade para a participante de Belford Roxo, na baixada fluminense, o que acabou lhe rendendo seis votos no Portal de Eliminação. A professora é a primeira competidora a deixar o ‘No Limite’, mas garante que a experiência lhe deu vários aprendizados.

Na entrevista a seguir, Dayane comenta sobre participação no jogo, o entrosamento com sua tribo e repercute a eliminação. Ela faz a sua avaliação sobre a tribo adversária e revela como foi aguentar a saudade de casa, principalmente de sua filha.

Quais foram as suas primeiras impressões no jogo?
Foi algo completamente diferente de tudo que eu já vivi na vida, e olha que eu já passei por muita coisa, mas nada com tanta intensidade. Assim que eu cheguei, já vi que tinha que ir para a água e já me deu um certo desespero. Ali já enfrentei o meu primeiro medo e vi que o negócio ia ficar bem sério para mim.

Além da água, qual outro desafio você destaca?
No acampamento, quando começava a anoitecer já me dava umas palpitações. A noite não passava, era longa demais. Os mosquitos “carregam” nosso corpo, quase tiram a gente do chão, é inacreditável. E ainda tem muitos barulhos, chuva em cima de você. Mais difícil do que as provas, foi tentar dormir.

O racionamento de comida também foi um problema para você?
Como a gente ganhou as duas primeiras provas de comida, até que estávamos bem abastecidos. É claro que não era uma grande quantidade, mas dava para comer bem. Conseguimos pegar bastante coisa, mas foi só na segunda prova que conseguimos o sal. A primeira comida estava bem ruim, um monte de enlatado misturado, mas pelo menos a gente conseguiu se alimentar para fazer a outra prova.

Como você avalia a sua tribo?
Todo mundo é muito forte. Todos ali têm uma história dentro do atletismo ou alguma outra coisa. Acho que só a Kamyla que não praticava atividade física, mas ela estudou as provas da edição passada. Eles estão muito preparados fisicamente e psicologicamente para estarem ali. Comparado a eles, eu só tinha a minha força de vontade mesmo, não tinha o preparo físico que eles têm. E além de serem bem fortes, também são muito organizados. Logo no primeiro dia, todos já sabiam no que cada um era bom e no que era mais fraco. E a equipe estava sempre conversando sobre o que poderia vir nas provas.

Apesar de vocês terem pouco contato, como você avalia a tribo Sol?
Eu acho muito que a tribo Lua está muito mais preparada do que o outro time, acho que eles estavam muito despreparados. Nessa última prova, acho que eles deram foi sorte mesmo, porque a gente ainda conseguiu alcançar, os ultrapassamos, mas depois eles conseguiram vencer. Mas a gente percebeu que eles ainda não tinham se entendido.

Você é mãe de uma menina e falou sobre isso na sua apresentação. A saudade foi um desafio para você?
Sim, acho que a parte mais difícil de tudo foi realmente segurar a saudade da minha filha. Mas eu sabia, a todo instante, que tudo que eu estava fazendo era pensando nela. A cada 10 coisas que eu contava no acampamento, nove eram sobre a minha filha (risos). Nunca fiquei tanto tempo longe dela.

Para finalizar, me conta quais foram os seus maiores aprendizados.
Depois de ficar lá, deitada naquele chão sem conseguir dormir, com mosquito em cima, chovendo, passei a valorizar muito a minha casa e o conforto da minha cama. A gente acha que têm pouco, mas diante das condições que ficamos ali, só tenho a agradecer pelo que eu já tenho. É claro que ainda quero conquistar muito mais, mas quando a gente está vivendo no limite, começa a ser muito grato pelo que já tem.