Felipe Roque é o mimado Kim em “A Regra do Jogo“, a nova novela das 21h, da TV Globo. Em conversa com o Almanaque da Cultura, o ator de 28 anos contou um pouco de sua transição das passarelas para a televisão. “Está sendo muito natural essa minha transição. E, posso confessar, está sendo delicioso”, relatou o artista, que tem uma longa caminhada pela frente.

Almanaque da Cultura: Você modelou por muitos anos. E, recentemente, vem se dedicando ao teatro. Como está sendo essa transição para a televisão?
Felipe Roque: Está sendo um grande aprendizado, engrandecedor para mim. Venho do teatro, uma escola completamente diferente da televisão. Esse ano tive a oportunidade de fazer o meu primeiro longa-metragem, que estreia em outubro, o “S.O.S. Mulheres ao Mar 2” e tem uma galera de peso no elenco. Estou adorando ser dirigido pela Amora Mautner na novela. Ela está inovando na forma de dirigir. A caixa cênica deixa o ator muito mais à vontade. Nessa nova técnica o ator não se defende da câmera, ela vai atrás do ator. Essa linguagem é muito mais de teatro. Está sendo muito natural essa minha transição e confesso que está delicioso.

Almanaque da Cultura: E como foi compor esse “filhinho de mamãe”?
Felipe Roque: Eu fiz uma preparação com Ana Dias Carter e com a Bia Oliveira. Elas me ajudaram bastante nesse processo, me ajudaram encontrar coisas em mim que se assemelham ao personagem. O personagem e eu temos um estilo de vida muito parecido. Eu amo surfar e ele também. Eu me inspirei também em alguns amigos. Tenho três amigos, que são a cara do personagem (risos). Me baseei muito neles para compor.

Felipe Roque é Kim em “A Regra do Jogo” (Foto: TV Globo/João Miguel Júnior)

Almanaque da Cultura: O personagem vai se envolver com a prostituição?
Felipe Roque: Não tem nada escrito em relação a isso. Eu ainda estou recebendo os capítulos. Recebi até o capitulo 24. Isso é uma coisa que está sendo proposta, mas não tem nada certo. Mas já estou pesquisando sim e conhecendo gente desse meio. Estou fazendo isso com as minhas preparadoras. Está sendo um processo maravilhoso.

Almanaque da Cultura: A maioria dos ex-modelos que começaram a atuar foram bombardeados pela crítica especializada. Você está preparado para as críticas negativas?
Felipe Roque: Estou preparado sim. Crítica faz parte. Eu acho, inclusive, que uma crítica positiva não faz você crescer muito. Enquanto a crítica negativa é um ponto positivo que faz você se apegar e trabalhar em cima e torna disso um impulso para o seu trabalho.

Almanaque da Cultura: Você está preparado para o assédio feminino?
Felipe Roque: Eu acho que vai ser tranquilo. Está tudo ainda no início. Eu não tenho ideia do que esperar disso.

Felipe Roque posa como Kim, seu personagem em A Regra do Jogo (Foto: Ellen Soares/Gshow)

Almanaque da Cultura: E a interação com os atores do elenco de “A Regra do Jogo”?
Felipe Roque: Está sendo uma experiência maravilhosa! O Marcos Caruso e o Marcelo Novaes estão sendo muito generosos comigo. Sem falar no Otávio Müller e na Alexandra Richter, que são os meus pais na trama. Eles me ajudam muito. Está sendo tudo incrível.

Almanaque da Cultura: E trabalhar com a Amora Mautner?
Felipe Roque: Ela tem uma energia muito boa. Ela traz todos os atores para o estado de energia dela. Fica todo mundo em uma única vibe. Esse é o diferencial. E vocês podem esperar um trabalho incrível, além de ser uma das melhores diretoras de sua geração.

Almanaque da Cultura: Para você, vale tudo na regra do jogo da vida?
Felipe Roque: Eu acho que tem que ser feliz, mas não pode fazer nada para atrapalhar a vida do próximo. Sendo assim, vale tudo para ser feliz.