“Cúmplices de um Resgate”, novela exibida pelo SBT, tem revelado muitos talentos e destacado grandes atores, como é o caso de João Camargo. O artista já atuou em mais de dez novelas, entre elas “Vale Tudo”, de 1988 da TV Globo. Atualmente interpreta Ofélio Batista, um “sanfoneiro apaixonado”, no folhetim escrito por Íris Abravanel e dirigido por Reynaldo Boury. “Cúmplices de um Resgate” é adaptação da telenovela mexicana “Cómplices al resgate”, criada por Rosy Ocampo.
Em conversa com o Almanaque da Cultura, Camargo releva felicidade com o trabalho atual e comemora aproximação da novela com o público infanto-juvenil: “É delicioso. Um público muito entusiasmado e fiel”. E ainda declarou que espera que seu personagem consiga ser feliz com a sua música e com a sua amada Marina.
Almanaque da Cultura: Como aconteceu sua entrada para o elenco de “Cúmplices de um Resgate”? E o Ofélio, personagem bem popular que você interpreta, como foi este processo de construção do personagem?
João Camargo: Fui convidado para o papel. Tive aulas de sanfona e de canto com Luizinho Acordeon e Maria Diniz. O sotaque paulista do interior observei muito desde que estou em São Paulo. Ouvindo e apreendendo. Acho que cabia pro Ofélio.
Almanaque da Cultura: Você fez algum laboratório para o personagem?
João Camargo: Tenho um lado Ofélio meu que pinto com tintas mais fortes para criar o personagem. Romântico, sonhador, ligado às artes. Um tanto atrapalhado também. Já tinha feito aulas de canto com o mestre Vitor Prochet, mas estava afastado. Foi um presente voltar a cantar na novela.
Almanaque da Cultura: O que você pensa sobre de ele ser considerado até mesmo “brega”?
João Camargo: Quanto ao brega, penso que vem justamente dessa paleta de tons mais fortes. Por exemplo: ele canta como um cantor dos anos de 1950. Diria que ele é “de época”, nesse sentido.
Almanaque da Cultura: Você sempre tem uma pitada de humor em seus personagens, como se dá este processo?
João Camargo: Realmente sou mais escalado para fazer comédia. Acho que o segredo da comédia, e da interpretação em geral, é fazer com verdade, com emoção. A situação já é engraçada. Não é preciso sublinhar isso no processo.
Almanaque da Cultura: Você está em um projeto pioneiro do SBT, para essa novela foi feita a primeira cidade cenográfica da emissora, como está sendo participar desta experiência?
João Camargo: A novela tem uma linguagem leve, coloquial. Além de um time de primeira desde o texto, passando pela direção, produção, equipe e elenco. As crianças e adolescentes amam a novela e penso que o sucesso também vem da falta na televisão aberta brasileira de obras voltadas para esse público. Esse horário reúne a família e isso ajuda para o nosso sucesso. O fato de ser musical também me parece ser mais um atrativo.
Almanaque da Cultura: E como tem sido a recepção junto ao publico-alvo da novela, infanto-juvenil?
João Camargo: É delicioso. Um público muito entusiasmado e fiel.