Márcio Rosário, de 'I Love Paraisópolis, diz que segurar o riso é um dever difícil

Na pele do personagem truculento Bazunga, ator revelou detalhes dos bastidores da novela e diz torcer pelo romance com Melodia

Marcio Rosario, que está no ar em “I Love Paraisópolis”, no papel do truculento Bazunga, conversou com o Almanaque da Cultura e falou um pouco do personagem e de sua relação com o ator Caio Castro, com quem contracena diariamente na novela da Globo.

Almanaque da Cultura: Como está sendo participar de “I Love Paraisópolis”? Como surgiu o convite para dá vida ao engraçado Bazunga?
Márcio Rosário: O convite veio do próprio Alcides Nogueira, junto com o diretor de núcleo Wolf Maia e o diretor geral Carlos Araujo. Me senti muito honrado quando a produtora de elenco, Marcia Andrade me ligou para oficializar a participação como Bazunga. Poder fazer um texto do Tide (Alcides) na televisão é uma honra, já que a primeira peça teatral que vi quando estava começando a pensar em querer estudar teatro foi a “Lua de Cetim”, um texto escrito pelo nosso autor e que marcou muito meu inicio de carreira.

Almanaque da Cultura: Como é o clima nos bastidores da trama?
Márcio Rosário: Fazer uma comédia na televisão sempre é muito bom, me divirto fazendo nossas cenas e também assistindo meus colegas fazendo as cenas deles. Temos um elenco muito talentoso, generoso e muito engraçado nas cenas e nos bastidores. Segurar o riso é um dever difícil, que nem sempre conseguimos. Temos atores fantásticos e com isso, fica muito fácil contracenar e vivenciar as emoções! Sou muito privilegiado e vou ficar mal acostumado com essa equipe de elenco, direção e técnica. Muita gente bacana trabalhando para um ideal em comum.

Almanaque da Cultura: Você torce pelo casal Bazunga e Melodia? E, como é atuar ao lado da Olívia Araújo?
Márcio Rosário: 
Sou um Ogro romântico! Estou torcendo para todos os casais viverem grandes historias de amor, com isso. Eu e Melodia em especial, é claro. Um presente trabalhar ao lado dessa tremenda parceira, talentosa e engraçada atriz que é a Olivia, sei que Melodia se faz de difícil, mas tenho certeza que muita coisa boa esta por vir pela frente, afinal estamos com apenas dois meses no ar! Tudo que precisamos são personagens apaixonados, com isso tudo fica mais fácil.

Márcio Rosário faz o personagem truculento Bazunga, em “I Love Paraisópolis” (Foto: Globo/Alex Carvalho)

Almanaque da Cultura: Para compor o personagem você visitou a comunidade de Paraisópolis? Como foi essa construção?
Márcio Rosário: Estive em Paraisópolis e preferir ir conhecer sozinho, gosto muito dessa parte do meu trabalho que é apenas observar as pessoas e pensar no que elas poderiam estar pensando, querendo, sonhando. Na comunidade, fui muito bem recebido e não vejo a hora de voltar agora com a novela no ar e conversar com a comunidade para ver o que eles estão achando! O trabalho de construção foi feito em conjunto com varias pessoas. Tive um trabalho lindo com o Chico Accioly, nosso preparador de elenco. Fizemos vários workshops com o elenco e em separado com nosso núcleo, sempre assistidos dos diretores da novela juntamente com o Tide e Mario Teixeira, os criadores da nossa historia. Agora preciso ressaltar que a parceria do nosso núcleo, foi fundamental! Ter Caio Castro, Carol e Leandro foi um presente que a vida me deu! Atores tão generosos e profissionais! Sou um ator sortudo com isso!

Almanaque da Cultura: Você imaginava esse grande sucesso entorno do personagem?
Márcio Rosário: Não esperava não! Em uma obra aberta, tudo pode acontecer, as pessoas podem gostar ou não! Hoje tem um publico infantil que segue nas redes sociais que acho um grande barato. Eles sabem que não sou bonzinho, mas dizem que a Melodia vai salvar o Bazunga da bandidagem!

Almanaque da Cultura: E, a repercussão nas ruas?
Márcio Rosário: Tem um público infantil muito grande e muitas senhoras vêm falar comigo dizendo para sair da bandidagem e parar de ser malvado. Mas também tem muita gente me chamando de “Meu Malvado Favorito” ou o “Shrek de Paraisópolis”! Fico feliz com essa repercussão!

Almanaque da Cultura: Bazunga é o braço esquerdo e direito de Grego. Como está sendo atuar ao lado de Caio Castro? Ele é um ator generoso?
Márcio Rosário: Falar do Caio é um prazer, pois fiz com ele “Fina Estampa” e nessa novela, eu fazia o sequestrador dele, e desde daquela época ficamos amigos! Tenho o maior respeito pelo trabalho, pela humildade dele e como ele encara a profissão! Um ator que chega com as suas 20 cenas diárias decoradas na ponta da língua e pronto para ajudar todos em cena ao seu redor com um sorriso no rosto, nasceu para ser protagonista, simples assim. E ele tem isso! Quando o Grego diz: “RESPEITEM MINHA HISTORIA”, nunca fez tanto sentido!

Almanaque da Cultura: Muita gente não sabe, mas você morou algum também nos Estados Unidos, para estudar interpretação. Como foi esse período na terra de Obama?
Márcio Rosário:
Pois é, sou de Santos, comecei teatro amador aos 7 anos fazendo um porquinho… depois aos 15 fiz minha primeira peca profissional com o Alexandre Borges e o pai dele, o Tanah Correa, depois fiz varias peças musicais, inclusive o Splish Splash, com direção do Wolf nos Anos 90 e depois me mudei para os Estados Unidos por onde morei por 20 anos na Califórnia. Me formei em Cinema e Interpretação em Los Angeles no American Film Institute e no Stella Adler Academy. Trabalhei em várias novelas, filmes e seriados americanos, entre eles a Days Of Our Lives da NBC, o The Shield da Fox, e participei de vários filmes de ação como os Mercenários, Efeito Colateral, Além da Linha Vermelha, Cidade das Almas Perdidas, entre outros.Com esses trabalhos, fui convidado a integrar a Fundação Hispânica Nacional de Artes em Washington. Voltando ao Brasil, fiz várias novelas e filmes como “Segurança Nacional” e “Rio#Eu te AMO!”.

Almanaque da Cultura: Quais são seus novos projetos?
Márcio Rosário:
Esse ano vai ser lançado um filme lindo que fiz, chamado “Deserto”, dirigido pelo talentoso ator Guilherme Weber e que tem no elenco Lima Duarte, Cida Moreira, Magali Biff, Claudio Castro, entre outros.