Marcelo Serrado faz inúmeros projetos ao mesmo tempo. O ator conversou com o Almanaque da Cultura e contou sobre como foi entrar para o programa “Tomara Que Caia”, que vai ao ar aos domingos na TV Globo, como é ser dirigido por Miguel Falabella na peça “Memórias de um Gigolô”, em cartaz em São Paulo e a próxima série, chamada “Zózimo”.
Almanaque da Cultura: Como surgiu o projeto “Tomara que Caia” em sua trajetória?
Marcelo Serrado: Em novembro do ano passado eu participei do piloto desse programa. Ele passou por uma avaliação da emissora e foi aprovado. Ele estrearia em setembro, mas mudou tudo. Foi uma correria total. Eu estou em São Paulo fazendo uma peça dirigida pelo Miguel Falabella. Minha rotina está bem corrida. Mas, no final da tudo certo. Estou muito feliz com esse projeto. É algo inovador e tenho certeza que o público vai curtir bastante.
Almanaque da Cultura: Comédia é um gênero que você quer investir em sua carreira?
Marcelo Serrado: Na Rede Record eu já tinha feito personagem ligado ao humor. O Aguinaldo Silva me escolheu para fazer o Crô (personagem da novela “Fina Estampa”) devido meus trabalhos na antiga emissora. As coisas foram acontecendo na minha vida. Eu abracei isso. Na verdade, eu não me considero um humorista escrachado, não no sentido ruim da palavra. O stand up comedy me ajudou muito. Eu fiz um espetáculo de stand up um pouco mais de três anos e isso me deu bastante sabedoria. Esse improviso me deu uma base muito boa.
Almanaque da Cultura: Você teve que deixar algum projeto na emissora por causa desse programa?
Marcelo Serrado: Na verdade, os trabalhos acabaram se encaixando. Após esse projeto, eu vou fazer um seriado para a TV Globo. Não posso adiantar, mas é uma série policial. Continuo com um quadro no Vídeo Show, que está sendo bem recebido pelo público. Ainda nesse semestre, vou ter um novo quadro lá. Vou dá vida a velhinho (faz a voz de um senhorzinho).
Almanaque da Cultura: É verdade que você iria fazer a “Regra do Jogo”?
Marcelo Serrado: Eu ia fazer a novela da Amora Mautner. Mas, devido o programa, não pude aceitar o convite. O Bruno Mazzeo ficou no meu lugar.
Almanaque da Cultura: Adianta um pouco desse projeto?
Marcelo Serrado: Então, vou fazer uma série chamada “Zózimo”, que irei começar a gravar em março. Eu tive que sair da “Regra do Jogo” por causa desse projeto. Porque a novela só termina em maio e não daria para conciliar. A série terá doze capítulos. Será um por semana. É um projeto é incrível e será uma inovação da emissora. O seriado conta a história Zózimo Barbosa, um detetive particular de ética duvidosa que vive diversas aventuras em meio às suas investigações, muitas delas que envolvem casos de infidelidade. O seriado é inspirado no romance “O Corno Que Sabia Demais”, de Wander Antunes. O texto é do premiado Mauro Wilson. A direção será do querido Maurício Farias. Estou muito feliz com o convite. Aceitei na hora! Mas, será depois desse programa, que ficará no ar até outubro.
Almanaque da Cultura: Como está sendo dirigido pelo Miguel Falabella?
Marcelo Serrado: Está sendo incrível! Estou adorando fazer a peça “Memórias de um Gigolô”, que está em cartaz em São Paulo. É difícil! Às vezes você está fazendo uma cena e ele (Miguel Falabella) está lá vendo. Ele é muito exigente! Ele sempre fala que continua sendo aquele garoto da Ilha do Governador, com um olhar muito popular do que ver as coisas. O espetáculo vai ficar dois meses em São Paulo e depois estreia no Rio de Janeiro.
Almanaque da Cultura: O filme do Crô foi um sucesso. Você e o Aguinaldo pensam em uma sequência?
Marcelo Serrado: Eu e o Aguinaldo (Silva) já conversamos sobre isso e chegamos a um acordo. O filme fez dois milhões de telespectadores. Está bom! Vamos fazer coisas novas! Aguinaldo é um autor incrível e tenho certeza que ele irá criar vários personagens maravilhosos.
Almanaque da Cultura: Você se incomoda com o titulo de galã?
Marcelo Serrado: Não me incomoda. Eu não sou galã! Galã é o Fábio Assunção, Reynaldo Gianecchini, entre outros. Eu vou por outro caminho.