Paolla Oliveira está completamente renovada para a segunda fase da novela das seis, “Além do Tempo“. Após um salto no tempo e já em pleno século XXI, os personagens voltam com os mesmos nomes, mas com trajetórias e estilos de vida diferentes. Em conversa com o Almanaque da Cultura, a artista revelou que sua personagem Melissa volta sofrendo de amor.
Almanaque da Cultura: Qual a sua expectativa em relação a essa segunda fase?
Paolla Oliveira: A melhor possível! Eu acho que vai dar tudo certo. É uma coisa nova, totalmente diferente do que já foi feito. A primeira fase já deu certo e acho que essa fase vai pelo mesmo caminho. As pessoas vão querer saber como aquelas pessoas que elas acompanhavam no passado serão agora. O que eles aprenderam? O que elas têm que aprender ainda? Essa mudança não parte do nada. E, se parte de uma coisa que já deu certo, acho que já é meio caminho andado.
Almanaque da Cultura: Além de ser má, Melissa fazia várias caras e bocas. Você vai continuar fazendo essas “caretas”?
Paolla Oliveira: É tudo novo! Alguns personagens voltaram atrelados às histórias, mas bem diferentes. A Melissa, por enquanto, está bem diferente. Ela volta sofrendo de amor. Ela volta o oposto do que as pessoas imaginam. Ela volta boa do coração, cheia de amor para o filho – o Alex era enteado, agora volta filho, volta carinhosa. Além de abrir mão da vida dela para lutar por esse amor. Só que ela não tem de volta o que ela espera. Talvez porque ela não tenha dado isso em outra vida. Na outra vida ela não deu amor. Nada justo, do que não receber agora, como ela espera. E, ai, que as coisas começam a se desenrolar. Talvez ela se mostre ciumenta. Talvez, dai que saia as maldades dela. Por enquanto, é uma Melissa bem diferente. Ela deve mudar quando acontecer o encontro de Felipe com a Lívia. No passado ela só pensava nela. E, agora pensa nos outros e não é correspondida. Tudo mudou.
Almanaque da Cultura: Como foi gravar a morte da personagem na primeira fase?
Paolla Oliveira: O final foi épico! A novela tem tido capítulos bem dinâmicos. Não tem nenhum capitulo que não tenha ganchos. A trama é muito especial. E, o fim da primeira fase também. Pra mim, foi tudo muito.
Almanaque da Cultura: Você achou esse final merecido para ela?
Paolla Oliveira: Eu achei! E, como foi. Achei bem interessante. Mas, não vou contar. Assistam!
Almanaque da Cultura: E, como foi essa transição do passado para o presente?
Paolla Oliveira: Foi tudo diferente! Quem olhar vai falar: “Nossa, não é a Melissa!”. O público precisar entender por quê ela está assim. Ela vem sofrendo de amor. Ela vem tendo sentimentos bons e não é retribuída. Vamos ver como ela reage a isso. Ela vem mais serena. Ela volta mais dona de casa.
Almanaque da Cultura: A gente vê em seus olhos que você realmente está apaixonada pela personagem, mas bate um cansaço no final do dia?
Paolla Oliveira: Lógico que bate. A gente está gravando todos os dias. Bate um cansaço. Mas, quando ele vem preenchido do carinho do público, não tem preço. Além do elenco se gostar bastante. Acho que essas coisas todas fazem o trabalho ficar um pouco mais leve.
Almanaque da Cultura: Você vai sentir saudade do figurino do século passado?
Paolla Oliveira: Eu vou sentir sim. Por incrível que pareça da menos trabalho do que fazer atual. Já tomei uma picadas de mosquitos. Com roupa de época não tinha isso. Era tanta roupa (risos). Entretanto, temos que aproveitar os momentos. A gente teve quatro meses de época. De um batom que fez um sucesso danado. E, temos que aproveitar agora os dias atuais. Mas, não queria que aquela Melissa acabasse.
Almanaque da Cultura: Tem muita gente que se vê na Melissa. Qual é o momento que a Paolla Oliveira se vê na personagem?
Paolla Oliveira: Nossa, as pessoas se identificam com ela? Estou surpresa! Muito louco (risos). O que ela tem parecido comigo é o bom humor. Ela tem um humor acido. Costumo dizer, que na vida, temos que ter o bom humor sempre.
Almanaque da Cultura: O personagem principal da trama é o “amor”. Você torce pela Melissa nessa nova fase?
Paolla Oliveira: Torço sim! Eu acredito que as pessoas possam ser transformadas pelo amor. Então, eu acho que a Melissa também pode. Todos os lideres falam disso. Eu desejo que ela seja transformada pelo amor. Ela está tendo outra vida para ser transformada. Olha que loucura?.
O que te encanta no texto da Elizabeth Jhin?
Paolla Oliveira: Ela é sensível! Fora que ela é aberta. Ela conversa com os atores. E, isso ajuda muito. A sensibilidade dela me encanta muito. Até quando ela é ríspida, ela é sensível. Por isso que a Melissa veio tão carismática. A Elizabeth tem um sensibilidade para escrever que é encantadora.
Para Paolla Oliveira, o amor vale tudo?
Paolla Oliveira: O amor é tudo! Quando a gente falar de amor, agente pensa em amor de homem e mulher. Mas, o amor é universal. Ele está presente em tudo.
O que você guarda dentro de si da Paolla de 10 anos atrás?
Paolla Oliveira: Aquela Paolla do inicio é a essência. A gente aprende coisas, até se endurece um pouco. Mas, a essência tem que ser a mesma. A inquietude, a vontade de viver, a vontade de ser melhor e de fazer tudo com paixão. Essa essência é a mesma.
Como você se vê daqui a 30 anos?
Paolla Oliveira: Nossa, eu não me vejo. Eu sou muito do agora. Eu prefiro pensar no agora. Eu acho que é sempre melhor. Gosto de pensar a curto prazo. Pois você cria uma expectativa e não vive o hoje. E, não transforma de nada de agora para lá. Eu prefiro viver o hoje.
Como está sendo a repercussão na rua? As pessoas querem bater na Melissa?
Paolla Oliveira: Que nada! As pessoas amam a Melissa. Isso é impressionante. Dizem que se divertem. O máximo o que eu ouço é que ela merece umas palmadas.
Almanaque da Cutltura: Após a trama, você já tem algum projeto engatilhado?
Paolla Oliveira: Eu não sei ainda. As pessoas estão sempre querendo me emendar (risos). Mas, acho legal também ter uma pausa, um descanso. Acho que as pessoas gostam de ver você renovada.