“Na Madureira moderníssima,
hei sempre de ouvir cantar uma Sabiá”
Autores: Jorge do Batuke, Valtinho Botafogo, Rogério Lobo, Beto Aquino, Claudinho Oliveira, José Carlos, Zé Miranda, D’Sousa e Araguaci
Intérprete: Gilsinho
Axé… sou eu
Mestiça, morena de angola, sou eu
No palco, no meio da rua, sou eu
Mineira, faceira, sereia a cantar, deixa serenar
Que o mar… de oswaldo cruz a madureira
Mareia… a brasilidade do “meu lugar”
Nos versos de um cantador
O canto das raças a me chamar
De pé descalço no templo do samba estou
É rosa, é renda, pra águia se enfeitar
Folia, furdunço, ijexá
Na festa de Ogum beira-mar
É ponto firmado pros meus orixás
Eparrei oyá, eparrei…
Sopra o vento, me faz sonhar
Deixa o povo se emocionar
Sua filha voltou, minha mãe
Pra ver a Portela tão querida
E ficar feliz da vida
Quando a velha guarda passar
A negritude aguerrida em procissão
Mais uma vez deixei levar meu coração
A Paulo, meu professor
Natal, nosso guardião
Candeia que ilumina o meu caminhar
Voltei à avenida saudosista,
Pro azul e branco modernista… eternizar
Voltei, fiz um pedido à padroeira
Nas cinzas desta quarta-feira… comemorar
Nossas estrelas no céu estão em festa
Lá vem portela com as bênçãos de oxalá
No canto de um sabiá
Sambando até de manhã
Sou clara guerreira, a filha de Ogum com Iansã