O filme “Big Jato” estreia nos cinemas dia 9 de junho. O quarto longa-metragem de Claudio Assis é o rito de passagem da juventude que tem a poesia como a sua luz guia, e a prosa como sua base. O momento da verdade entre a verdade áspera, bruta de um pai econômico e a suavidade anárquica de um tio mimado: limpar o mundo de sua merda ou provocar a liberdade? Através das lentes de seus óculos pesados e seus poucos 15 anos, Xico premedita a oportunidade de seu futuro dentro de um chapéu de uma cidade que flutua no tempo. E é assim que, ao dirigir “Big Jato”, Claudio Assis deixa a poesia estourar, a partir de um filme que não se conforma.
O longa-metragem é ambientado na chapada do Araripe, entre os Estados do Ceará e Pernambuco. “Big Jato” conta a história de Francisco (Matheus Nachtergaele), o Velho, 49 anos, o homem que fez fortuna com aquilo que a humanidade mais tem nojo e despreza: dejetos, fezes, sobras, lixo. Na boleia do Big Jato, seu caminhão limpa-fossas, Francisco e o seu filho adolescente Xico (Francisco de Assis Moraes) mantêm um diálogo, na maioria das vezes em tom estranhamente poético, sobre o trabalho que fazem e refletem sobre a sujeira humana como fator de igualdade entre as pessoas.
“Big Jato” é estrelado por Matheus Nachtergaele, Marcélia Cartaxo, Rafael Nicácio, Artur Maia, Vertin Moura e Pally Siqueira, com trilha sonora original de DJ Dolores. Filme tem roteiro adaptado do livro de Xico Sá por Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco, com produção executiva de Marcello Ludwig Maia e Stella Zimmerman. O filme recebeu os Candangos de Melhor Filme – Júri Oficial, Melhor Ator (Matheus Nachtergaele), Melhor Atriz (Marcelia Cartoxo), Melhor Roteiro (Anna Carolina Francisco e Hilton Lacerda) e Melhor Trilha Sonora (DJ Dolores) na última edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.