Crítica: ‘Mulher-Maravilha’ (Wonder Woman)

Filme tem Gal Gadot como Mulher-Maravilha e estreia prevista para 1º de junho

O filme “Mulher-Maravilha” (Wonder Woman) é um flashback. A história da personagem Diana, interpretada por Gal Gadot, começa no presente, após os acontecimentos de “Batman vs Superman”, ou seja, no mundo atual. No entanto, uma coisa acontece e Diana recorda do seu passado, desde criança, em Themyscira (ou Ilha Paraíso). O primeiro ato do filme é mais longo, um pouco cansativo, porém, é válido para a apresentação da personagem, elenco e identificação do local. O filme explica a origem de Themyscira, da Mulher-Maravilha e dos Deuses.

A responsável pelo papel de Diana quando pequena ficou por conta da atriz Lilly Aspell, que desempenhou com desenvoltura, procurando sempre por batalhas, mesmo com a proibição da mãe em seus treinos junto às Amazonas. O elenco também conta conta com Connie Nielsen interpretando Hippolyta, mãe de Diana, e a atriz Robin Wright – a Claire Underwood do seriado “House of Cards” – interpretando a guerreira Antíope, sua tia.

O segundo ato de “Mulher-Maravilha” entra no encontro entre Diana e Steve Trevor, interpretado por Chris Pine. O ator traz um humor leve para o longa-metragem e há o entrosamento com a atriz Gal Gadot durante as cenas. Mesmo o filme tendo a Segunda Guerra Mundial como pano, onde a liderança é masculina, Pine consegue lidar com delicadeza e manter o ritmo das piadas, porque Trevor tem dificuldade em aceitar ser salvo muitas vezes pela Mulher-Maravilha, e Gal Gadot consegue se impor nas cenas em que a mulher é posta de lado. Na questão da fotografia, há um contraste nítido. No primeiro ato e ao longo do segundo, passados na ilha Themyscira, o verde é destaque. Quando o filme é passado em Londres e há a guerra, o destaque fica por conta de cores neutras e um tom acinzentado.

A partir do terceiro e último ato de “Mulher-Maravilha”, o filme pega um ritmo mais acelerado por conta das cenas de ação (mesmo com a quantidade relevante de cenas com slow motion) e com coreografias bem marcadas. Gal Gadot precisa crescer e se desenvolver mais como atriz para conquistar um Oscar, mas, como Mulher-Maravilha, consegue entregar tudo o que é pedido dela. Entretanto, se a atriz fosse mais experiente, talvez conseguisse ainda mais destaque. O terceiro ato tem um problema muito grande na computação gráfica, porque as falhas são nítidas e destoam no olhar do telespectador.

“Mulher-Maravilha” tem direção de Patty Jenkins e gancho para “Liga da Justiça” (Justice League), que tem previsão de estreia para 16 de novembro de 2017 no Brasil.

Sinopse

Uma princesa amazona deixa sua ilha natal para se tornar a maior heroína de todos.

3D / Dolby Atmos
Título original: Wonder Woman
Distribuição: Warner
Data de estreia: qui, 01/06/17
País: Estados Unidos
Gênero: aventura
Ano de produção: 2016
Duração: 141 minutos