Will Smith, possivelmente o ator mais famoso a boicotar a premiação do Oscar deste ano devido à falta de diversidade entre os indicados, disse em nova entrevista que está “muito satisfeito” com a promessa da Academia em fazer mudanças “históricas” na sua filiação.

A declaração foi dada ao BBC Breakfast, com Smith admitindo que, ainda que aprove o quão “ágil e agressivamente” a Academia respondeu, ainda há o que ser feito. “Acho que não é essa coisa de ‘nós e eles’, e sim ‘nós'”, disse Smith. “Sou um membro da Academia, então é muito mais um problema doméstico de uma família do que um problema de direitos civis, então é um problema que todos ‘nós’ temos que resolver.”

Smith reiterou que a participação no boicote não se deu devido à ausência de seu nome nas indicações ao prêmio de Melhor Ator, pelo filme Um Homem Entre Gigantes (foto). “Quero deixar isso bem claro em relação ao caráter do que estou dizendo. Isso vai muito além de mim. Isso não tem nada a ver comigo. Isso em nada tem a ver com prêmios”, disse. “Para mim, prêmios são razões frívolas para eu levantar minha mão e fazer um anúncio. Para mim, isso tem muito mais a ver com a ideia de diversidade e inclusão.”

Smith se uniu à esposa dele, Jada Pinkett Smith, e ao cineasta Spike Lee no boicote à premiação do Oscar 2016 depois de, pelo segundo ano consecutivo, todos os 20 indicados a prêmios de melhor atuação serem brancos. “Se não somos parte da solução, somos parte do problema”, disse Smith ao se juntar ao boicote.

Em resposta à controvérsia que gerou a hashtag #OscarsSoWhite, a Academia prometeu dobrar o número de mulheres e representantes de minorias até 2020. O apresentador da cerimônia deste ano, Chris Rock, também reescreveu seu monólogo de abertura para tratar da falta de diversidade ” e do subsequente boicote do Oscar.