Para homenagear Brasília e fazer com que os brasileiros a enxerguem como a “Capital da Esperança”, o carnavalesco Edson Pereira criou uma lenda indígena. Brasil é um índio menino que precisa crescer para entender que pode ser maior do que pensa, desde que consiga conhecer o seu povo e fazer com que a nação se empenhe em busca de um mesmo ideal.
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“O Brasil é gigante porque já nasceu assim. Quando os portugueses aqui chegaram, já encontraram esse território de dimensões continentais. Mas ele ainda precisa crescer interiormente” – compara o sentido figurado do enredo com a realidade histórica. “Só seremos grandes quando brasileiros de Norte a Sul, de Leste a Oeste, decidirem fazer do País uma grande potência e lutarem para isso” – reitera o seu ponto de vista.
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Na história que a Vila apresentará na Avenida, Brasil, o índio menino, entrará numa canoa e descerá o rio para pescar. Adormecerá enquanto navega. Ao sonhar, o curumim verá a canoa se transformar num grande pássaro, a jaçanã, cuja silhueta de asas abertas é muito parecida com o traçado original da Capital Federal, criado por Lúcio Costa – até hoje a geografia da Cidade é dividida em Asa Norte e Asa Sul.
A jaçanã transportará o índio durante uma viagem por todo o Brasil, levando-o a conhecer a pluralidade de culturas, hábitos e etnias do brasileiro que, apensar de tantas diferenças regionais, conseguiu formar uma nação e manter um gigantesco território ao longo de toda a sua história. Vários caciques do poder, da cultura e das artes serão lembrados ao longo dessa viagem de reconhecimento. Oscar Niemeyer, Juscelino Kubitschek e o escritor Ariano Suassuna serão lembrados, entre tantos brasileiros. O Rio de Janeiro será destacado pela força do Samba, porta-voz de mensagens como esta: “Já somos um gigante, mas precisamos de desenvolvimento”- finaliza Edson.