Andressa Urach fala sobre livro: 'Buscava fama e dinheiro, eram meus Deuses'

Andressa autografou "Morri Para Viver" na livraria Saraiva, na Zona Oeste do Rio, neste sábado

Em meio a tanta polêmica envolvendo sua biografia intitulada “Morri Para Viver – Meu Submundo de Fama, Drogas e Prostituição”, da editora Planeta, Andressa Urach conversou com o Almanaque da Cultura durante a sessão de autógrafos realizada sábado, 5 de setembro, na livraria Saraiva, na Zona Oeste do Rio.

Almanaque da Cultura: Tudo que você fez você foi muito bem sucedido. Você acha que Deus te abençoou?
Andressa Urach: Eu acho que sempre tive um propósito! Acho que toda esta coragem que tive durante seis anos fizeram com que o meu livro estivesse aqui hoje pra ajudar as pessoas que tem o coração tão mau quanto eu tinha, e quem realmente estava no fundo do poço como eu estava. Então existe uma saída sim, existe uma segunda chance.

Almanaque da Cultura: Por que você escolheu um caminho tão difícil?
Andressa Urach: Eu me sentia inútil no mundo, me sentia vazia, em depressão, no fundo do poço, viciada em drogas e em álcool. No fundo do poço mesmo e precisava de ajuda, mas ninguém me ajudava. Então, chegar ao fundo do poço, estar de frente com a morte, só quem esteve de frente para a morte tem o poder para dar valor à vida. É muito gratificante ver as pessoas tendo este carinho, sabe? Olhando para mim, dizendo que não preciso chegar tão fundo. Quem sabe não posso fazer uma nova história?

Andressa Urach autografa sua biografia para uma fã (Foto: Renan Olivetti/Hipermídia Comunicação)

Almanaque da cultura: Qual o preço da fama? Você acha que pagou muito caro para ter fama?
Andressa Urach: Quase paguei com a morte. Buscava a fama e o dinheiro, eles eram os meus Deuses. Buscava o amor na verdade, o carinho das pessoas, só que eu fiz tudo errado e não sabia como sair disso! Então, é um lamaçal que você vai se afundando e não sabe como sair. Estou muito feliz com a minha vida, com este resultado, de ter estado de frente para a morte e poder ter essa segunda chance!

Almanaque da Cultura: O que você aprendeu com tudo isso, após uma vida de excessos?
Andressa Urach: Ah, a fazer o bem, né? Porque tudo que a gente planta, a gente colhe.  Então, eu plantei o mal, eu colhi o mal, agora está na hora de plantar o bem!