Ao longo de 20 anos, Candida Maria Monteiro reuniu mais de 100 horas de gravações de suas conversas com o cineasta José Joffily. A partir dessas conversas informais, a doutora em design Candida Maria Monteiro começou a registrar seus diálogos com Joffily sobre todas as etapas de uma produção cinematográfica, desde a preparação até a comercialização, e as impressões do diretor a respeito do seu ofício. O fruto desses 20 anos de entrevistas e pesquisa ganha o registro no livro “Inquietações cinematográficas” (144 páginas, Editoras PUC-Rio e Reflexão).
A partir do ano de 2002, as conversas informais deram lugar a entrevistas. Companheira do cineasta há trinta anos, a autora acompanhou o processo de filmagem de oito filmes do diretor: Quem matou pixote? (1995); O chamado de Deus (2000); Dois perdidos numa noite suja (2002); Vocação do poder (2004), co-dirigido por Eduardo Escorel; Achados e perdidos (2006); Olhos azuis (2009); Prova de artista (2010) e o ainda inédito Mão na luva (2011), dirigido em parceria com Roberto Bomtempo.
Quando comecei a entrevistar o Joffily eu não tinha o plano de fazer um livro. Fui amadurecendo a ideia ao longo dos anos, quando fui percebendo que tinha nas mãos relatos que mereciam ser compilados”, conta a autora.
“Inquietações Cinematográficas” traz fotos de cena dos filmes, prefácio de Tunico Amâncio, professor do departamento de cinema e vídeo da UFF (Universidade Federal Fluminense), onde ministra aulas de argumento e roteiro. Quem assina a orelha da publicação é o professor e crítico de cinema Miguel Serpa Pereira, coordenador de pós-graduação do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio.