A cantora baiana Virgínia Rodrigues faz shows de lançamento do seu quinto álbum, “Mama Kalunga”, com ressonâncias da diáspora negra e matrizes africanas, numa leitura própria e contemporânea, em quatro apresentações nos Sescs, dentro do projeto Imó – evento que promove o despertar da consciência negra: dia 10 de novembro, terça-feira, no Sesc Tijuca, dia 11 de novembro, quarta-feira, no Sesc Copacabana, em 12 de novembro, quinta-feira, no Sesc São Gonçalo e 13 de novembro, sexta-feira, no Sesc Madureira.

Virgínia divide o palco com Bernardo Bosisio (violão), Léo Mendes (violão), Marco Lobo (percussão), Sebastian Notini (percussão) e Iura Ranevsky (violoncelo). O show tem direção artística de Tiganá Santana e direção musical de Iura Ranevsky, além de figurinos de Renato Carneiro.

Em “Mama Kalunga”, a cantora faz um registro de grandes compositores negros de gerações e lugares distinto sem 13 faixas, cercada por atabaques, agogôs, violões violoncelos e berimbau. No repertório destacam-se composições de Geraldo Filme, Moacir Santos, Nei Lopes, Paulinho da Viola, Roberto Mendes, Tiganá Santana, produtor do disco ao lado de Sebastian Notini, sueco radicado no Brasil, e outros.

Entre as canções do disco estão cinco composições de Tiganá, entre elas “Mon’Ami”, que marca a estreia de Virginia no canto de língua africana, “Saluba”, e a canção título do álbum “Mama Kalunga”. “Horizontes do Mundo”, de Paulinho da Viola, “Vai Cuidar de Sua Vida”, de Geraldo Filme, que discorre sobre o preconceito racial. Ela interpreta à capella de “Ao Senhor do Fogo Azul”, de Gilson Nascimento, “Teus Olhos em Mim”, de Roberto Mendes e Nizaldo Costa, e o samba “Luandê”, de Ederaldo Gentil, levado por Virgínia na batida do ijexá.

Virgínia Rodrigues (Foto: Sora Maia)

Desde os anos 90, Virgínia Rodrigues se dedica a dar voz ao repertório afro-brasileiro, que também contempla sua história de vida. De voz operística, depurada no canto de igrejas católicas e protestantes, ganhou projeção como integrante do Teatro Negro de Olodum e foi pelas mãos do diretor de teatro Márcio Meireles e por Caetano Veloso que gravou seu primeiro disco, o “Sol Negro” (1997), que lhe rendeu sua primeira turnê internacional.

Em 2000, lançou seu segundo álbum, “Nós”, que trazia canções de blocos afros de Salvador. Três anos depois veio um novo trabalho, Mares Profundos, interpretando afro-sambas de Vinícius de Moraes e Baden Powell. O quarto disco, “Recomeço”, foi lançado em 2008, com clássicos da MPB. De lá pra cá, são dezoito anos de carreira com o compromisso de lapidar pérolas em tom ritualístico, que navega entre o sagrado e o profano.

Virgínia Rodrigues em “Mama Kalunga”

Datas, horários, locais e telefones:
10 de novembro, terça – Sesc Tijuca, 20hs (R. Barão de Mesquita, 539 – 3238-2139)
11 de novembro, quarta – Sesc Copacabana, 20h30 (Rua Domingos Ferreira, 160 – 3816-6200)
12 de novembro, quinta – Sesc São Gonçalo, 20hs (Av. Presidente Kennedy, 755/ Estrela do Norte – 2712-2342
13 de novembro, sexta – Sesc Madureira, 20hs (Rua Ewbank da Câmara, 90 – 3350-7744)
Ingressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia) e R$ 5,00 (associados)
Classificação: 10 anos
Duração: 90 minutos