Há, também, em sua estrutura, alusões a diretores, movimentos teatrais, atores, grupos de teatro, pesquisadores e críticos. A adaptação inclui cenas de autores brasileiros como Nelson Rodrigues (apresentando trechos das 17 peças do autor em 3 minutos) e Martins Penna, assim como referências específicas da história do teatro brasileiro. Homens de teatro de diversas épocas e países ganham voz na peça, como Artaud e João Caetano.
Desse modo, o espetáculo propõe “contar” parte da história de 2.500 anos de teatro, por meio de uma pesquisa ao mesmo tempo séria e muito bem-humorada. “Desta forma, pretendemos refrescar a memória de uns, aprofundar o conhecimento de outros e apresentar o universo do teatro a muitos”, comenta a atriz Monica Biel, que também assina a tradução e a adaptação do texto original.
A direção da montagem brasileira cabe a Moacir Chaves, que junto a atriz Monica Biel assistiu a montagem original de “2.500 Por Hora”, pelo Théâtre de l’Unité, em 1997. O elenco é composto por Claudio Gabriel, Henrique Juliano, Júlia Marini, Joelson Medeiros e Monica Biel. O espetáculo conta, ainda, Miguel Mendes e Tomás Correia que, além de executarem a música ao vivo, assinam a direção musical. O figurino é de Inês Salgado, o cenário de Sérgio Marimba e a iluminação de Aurélio de Simoni.