Toda vez que você faz ou recebe ligação fora de sua cidade a tarifa de roaming é cobrada, porém, hoje em dia não é justo que você continue pagando por um custo que as operadoras não têm mais. Veja o quanto o roaming é ultrapassado:
1. Dizer “caiu a ficha”
Então você estava amarradão vendo “O Sexto Sentido”. Aí, no finalzinho, percebe que ninguém falou com o Bruce Willis o filme todo e [alerta de spoiler] “cai a ficha” de que ele tinha batido as botas lá nas cenas iniciais. Só que a expressão “cair a ficha” vem do tempo em que a gente usava fichas para acionar os telefones públicos para falar uns com os outros. Quando a ficha colocada no bocal superior caía para a parte de dentro do orelhão, ele completava a ligação. Somente depois de cair a ficha que você podia ouvir uma voz do outro lado falando coisas como “I see dead people…”.
2. “Bater um fio” com alguém
Acredite, telefones tinham fios. Então, quando você ligava para sua cara-metade, vocês dois estavam fisicamente unidos por um fio. Lindo, né? Um ser microscópico poderia sair de um bocal e percorrer túneis, atravessar centrais e se pendurar em postes até o telefone da outra pessoa. Quando queríamos telefonar para alguém, dizíamos “bater um fio”. Agora, no máximo, batemos uma onda. Ou o pacote de dados.
3. Linha cruzada
Ah, os velhos tempos. Até defeitos eram divertidos. Como o processo era analógico, cheio de fios, cabos e centrais, haviam interferências. E algumas ziquiziras do sistema, como as linhas cruzadas, que era quando uma ou mais ligações se misturavam, e todo mundo podia ouvir o papo de todo mundo e não raro isso terminava em zoeira, amizade ou casamentos.
4. Bater papo na linha cruzada
Aliás, não demorou para uma galera esperta descobrir alguns números específicos onde a linha cruzada era endêmica (como nos sempre ocupados telefones de rádios jovens) e forçar essas panes. Nascia a “Turma da linha” e suas variantes, pioneiras redes sociais brasileiras, 100% powered by gambiarras.
5. Ficar cansado ao discar números com muitos noves
Além de fios, os telefones tinham painéis em forma de disco onde se selecionavam os números (daí “discar um número”). Você tinha que girar cada número até a posição inicial (tlec, tlec, tlec), esperar o disco voltar à posição padrão (tlac, tlac, tlac) e então repetir o procedimento. Só quem já ligou para 292–9999 sabe o tremendo esforço necessário para se discar quatro noves seguidos.
6. Usar celular preso no cinto
Novas tecnologias, novas tendências bizarras. Antes que as pochetes pudessem ser expurgadas do convívio social, a moda à época dos primeiros tijolões/telefones móveis, era fixá-los ao cinto, como um coldre de um caubói pós-moderno. Mas até que faz sentido. Arremessar um telefone daquele em alguém seria tão fatal como a arma de Billy the Kid.
7. Pager
A culpa pelo celular na cintura é dos pagers. Os pagers eram antecessores dos celulares. Eram basicamente caixinhas que recebiam mensagens de texto. Imagine um aparelho do tamanho de uma caixa de fósforos (das grandes) que exibia em um LCD o equivalente a um SMS. Ele recebia mas não tinha como responder às mensagens. Nessa época todo mundo pôde se sentir meio Batman/médico sendo acionado para coisas importantes como: “Adalberto, lembra de trazer banana do mercado”.
8. Passar fax e ligar pra perguntar se chegou
Ah, o fax. A mais odiada e menos valorizada tecnologia. Você colocava a folha, discava para um número, tinha os tímpanos perfurados por um “pííííííí” do outro lado, colocava o fone no gancho e assistia a folha passar len-ta-men-te pelo aparelho. Ao final, segundos de tenso silêncio seguidos pela impressão de um protocolo com o resultado da operação. Em 100% dos casos a pessoa desconfiava da traquitana e ligava pro outro lado para verificar se chegou tudo direito.
9. Passar fax. Ponto
Aliás, passar fax não faz mais o menor sentido. Manda e-mail, pô!
10. Passar e-mail e ligar pra perguntar se chegou
Você pode sair do passado, mas o passado não sai de você. Sorria se conhece alguém que manda e-mail e liga minutos depois para confirmar se chegou? (foi para eles que o WhatsApp implementou a fatídica dupla seta azul).
11. Passar e-mail. Ponto
Peraí. Estamos falando de e-mail? Já ouviu falar de WhatsApp, Snapchat, Twitter, Facebook etc?
12. Anotar o número do telefone na palma da mão
Querida, quanto tempo! Não tenho mais seu telefone, me passa? Peraí. Ih, tô sem papel. Tem uma caneta? Tá. Pera. Deixa que eu anoto na mão mesmo. Diz aí. (E depois esquece e lava a mão antes do almoço)
13. Esperar dar meia noite pra pagar mais barato na conexão à internet.
Antes da internet banda larga se popularizar, para se conectar à internet era preciso usar a linha telefônica de casa. Naturalmente, o sistema de cobrança criado para controlar rápidas ligações de voz não funcionava para quem queria ficar 4 horas no IRC ou no chat do UOL. Por isso, os heroicos pioneiros esperavam os horários entre meia-noite e 6h da manhã para se conectar ao provedor de acesso. Nesses horários, todas as ligações pagavam apenas um valor fixo, independentemente da duração da chamada. Segura esse sono no dia seguinte!
14. Pagar roaming doméstico.
Roaming doméstico é a taxa que se paga quando o celular registrado em uma área (um DDD específico) faz ou recebe ligações em outra praça. Isso vem da época em que as operadoras não eram nacionais. Então, quando o cliente de uma operadora da cidade A viajava para a cidade B, a primeira operadora compensava a segunda pelos custos com o cliente alheio.